Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MULHERES HIPERTENSAS COM E SEM COMPLICAÇÃO CADASTRADAS NO HIPERDIA DE FORTALEZA
Thais Rodrigues Paula, Márcia de Alcântara Mendes, Vanessa Barreto Bastos Menezes

Resumo


O padrão de vida das mulheres tem-se modificado, favorecendo um tardio cuidado com sua saúde. Concernente às doenças crônicas, como a hipertensão arterial, para monitorar e acompanhar os pacientes tem-se o HIPERDIA, ferramenta útil onde é coletado o perfil sócio-demográfico de hipertensos. Tem como objetivo analisar comparativamente as mulheres hipertensas com e sem complicações associadas. Estudo de natureza quantitativa, documental, analítico e transversal, realizado com dados de mulheres cadastradas no HIPERDIA de Fortaleza-CE. Das 1777 mulheres hipertensas 963 e 814 não apresentaram e apresentaram complicações associadas, respectivamente. Comparando-se os dois grupos, 539 (55,9%)/ 438 eram idosas (58,4%) e 633 (65,7%)/ 488 (73,2%) eram não brancas. Quanto a pressão arterial, a sistólica (PAS) estava alterada em 434 (45%)/ 399 (49,6%) e a diastólica (PAD) em 341 (35,4%)/ 301 (37,4%). Quanto aos fatores de risco, 268/535 tinham antecedentes familiares de hipertensão. A média do Índice de Massa Corpórea (26,28/ 27,88 kg/m2) e circunferência abdominal (90,71/ 94,43 cm) foram acima dos valores normais. O conhecimento dos casos de mulheres hipertensas com e sem complicações associadas, pode colaborar para elaboração do diagnóstico, dos planos e programas. Esses dados podem subsidiar formulações novas de políticas públicas mais adequadas às condições atuais de saúde desta população.

Palavras-chave


Hipertensão; Mulheres; Hiperdia

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