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Sobrepeso e obesidade caracterizam-se como distúrbios funcionais ou orgânicos nos quais se evidencia excesso de peso com relação à altura, ou melhor, excesso de massa gordurosa em relação à massa magra corpórea. A obesidade é fator de risco para complicações comportamentais, locomotoras, cardiovasculares, metabólicas, endócrinas, oncológicas, respiratórias, hepáticas, ósseas, articulares, menstruais e da fertilidade. Com o objetivo de averiguar as diferenças nas prevalências de peso excessivo (indivíduos com índice de massa corpórea ou IMC > 24,99) e excessiva percentagem de gordura (indivíduos com percentagem de gordura acima dos limites de normalidade na avaliação por bioimpedância elétrica ou BIA) e, especialmente, de testar a existência de correlação entre as duas metodologias, foram examinados (IMC e BIA) 293 mulheres e 257 homens. A diferença entre as mencionadas prevalências é significativa (p<0,001). É, também, significativa (p<0,001) a correlação entre o IMC e a percentagem de gordura (%gord), em ambos os sexos, sendo maior entre as mulheres. Como o IMC, indicador do estado de saúde nutricional, não avalia teor de gordura, os resultados possibilitam o uso de modelos (em mulheres: %gord = - 6,4367 + 1,6291IMC - 0,07671Id, R2 0,663, CV 14,310 e P < 0,001; em homens: %gord = - 8,7443 + 1,2685IMC - 0,03545Id, R2 0,585, CV 21,981 e P < 0,001), que agregam as variáveis IMC e idade (Id), como ferramenta simples na estimação da percentagem de gordura individual, em populações com amostras pré-avaliadas, mas que não se disponham, permanentemente, do aparelho para mensurar BIA.