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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NAS ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS DO CURSO DE ENFERMAGEM: UM PROCESSO DE SENSIBILIZAÇÃO DE DOCENTES-DISCENTES-ENFERMEIRO-PACIENTE
Resumo
Caracterização do Problema: A formação profissional na área da saúde deve ser voltada à uma atenção holística e integral. Nesse sentido, o investimento nas relações interpessoais é de suma importância para a edificação de profissionais que atuarão no Sistema Único de Saúde, tornando-os mais capacitados à cuidar do indivíduo, família e comunidade de forma eficiente, eficaz e considerando todos os aspectos nos quais esses indivíduos estão inseridos. Conhecendo as lacunas nesta temática durante a formação foi proposto uma atividade de monitoria com o objetivo de fortalecer o relacionamento interpessoal e a sensibilização entre docente, discente, paciente, família para o cuidado humanizado nos serviços do Sistema Único de Saúde. Descrição da Experiência: Foram desenvolvidas atividades de monitoria com as turmas do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, durante três meses, buscando contribuir para a construção de conhecimentos conjuntos relacionados ao tema. Efeitos Alcançados: A comunicação, a humanização, o relacionado e o toque na enfermagem são aspectos que devem ser trabalhados continuamente no curso. As atividades de monitoria proporcionaram aos acadêmicos um ambiente para desabafar, falar de suas fraquezas, expor medos e anseios em relação ao tema. Os acadêmicos já devem cultivar na academia relações harmoniosas que na vida profissional deverão ter com a família, paciente e equipe. Esse processo despertou nos alunos a importância da temática e a necessidade de continuidade de discussões e sensibilizações. O período de execução de três meses mostrou-se limitado devido à magnitude do tema e a continua necessidade de aprimoramento sinalizada. Recomendações: Ao iniciarem as atividades teórico-práticas nas instituições de saúde, há tendência de serem priorizadas as habilidades técnicas e seus minuciosos passos. Neste momento, ocorre uma forte ansiedade dos acadêmicos de acertarem os procedimentos e adquirirem firmeza e excelência na execução do procedimento, não permitindo ao mesmo desenvolver a percepção nos processos de sensibilização, tão necessários na relação do cuidado. Desta forma, surge uma lacuna na relação entre o acadêmico cuidador e o ser cuidado, processo que muitas vezes já inicia na relação entre docente-discente, fragilizando a humanização das relações, imprescindível nos serviços de saúde.