Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A RELAÇÃO PRECEPTOR-RESIDENTE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS ASSISTENTES SOCIAIS DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Ana Paula Silveira de Morais Vasconcelos, Camila da Costa Brasil, Sâmia Barros Vieira

Resumo


Entre as políticas de formação profissional para a saúde, apresenta-se a Residência Multiprofissional em Saúde, formulada como uma estratégia do Estado que visa uma formação específica, com vistas a construir uma gama de profissionais com perfil para criar uma nova cultura de intervenção e de entendimento da saúde no âmbito da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), através da formação em serviço. Uma das potencialidades desta formação em serviço é a relação preceptoria-residente. A preceptoria surge nos programas de residência como uma proposta de construir e de fomentar processos de aprendizagem a partir das situações reais que se estabelecem no próprio ambiente de trabalho dos residentes, alinhadas a educação permanente. Dentro desta realidade, o presente resumo tem por objetivo relatar as experiências vivenciadas na relação preceptor-residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade do município de Fortaleza. Neste trabalho será abordada, especificamente, a relação entre o preceptor de categoria e os residentes de serviço social. A referida preceptoria tem uma carga horária de 20 horas distribuídas nas atividades de preceptoria de categoria que ocorre no próprio campo de trabalho do residente e nas rodas de categoria, momento no qual as discentes e a preceptora discutem sobre seus processos de trabalho.  Esta relação preceptor-residente assume relevância nos processos de educação permanente dos discentes, pois potencializa a formação de profissionais capazes de problematizar a realidade e de construir novos pactos de convivência e práticas, que aproximam os serviços de saúde dos princípios do SUS. Além disso, é estabelecida uma relação de horizontalidade entre estes dois atores que proporciona a construção de laços de confiança e de respeito entre preceptor e residente, no qual é desenvolvida uma relação de empatia e de alteridade que evita julgamentos e atitudes autoritárias. Contudo, apesar da relevância dos preceptores nos programas de residência multiprofissional e na formação de recursos humanos para o SUS, o que se presencia é a precarização do trabalho destes profissionais e a falta de formalização dos seus processos de trabalho. Diante disso, há que se pensarem formas que garantam o desenvolvimento e o fortalecimento da preceptoria nas residências multiprofissionais, visto há indispensabilidade que este assume na formação dos residentes.

Palavras-chave


Formação profissional, saúde, Serviço Social