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EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA TRAVESTIS E TRANSEXUAIS, NO PROJETO DAMAS, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: O OLHAR DA PROMOÇÃO DA SAÚDE
Resumo
Caracterização do Problema: Travestis e transexuais fazem parte de um dentre os muitos grupos de grande vulnerabilidade social. Garantir direitos e cidadania é dever inequívoco dos governos e um desafio para as políticas públicas. O Projeto DAMAS, coordenado pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, é uma iniciativa que propõe a capacitação profissional de travestis para a inserção no mercado de trabalho. São parceiras nesta proposta as Secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Trabalho e Emprego. A proposta da Superintendência de Promoção da Saúde da SMS RJ propõe conteúdos relacionados à sua pasta que explorem o debate e a reflexão do direito à saúde e à qualidade de vida de travestis e transexuais. Descrição da experiência: A proposta investe na promoção do cuidado e da autoestima entendidas como ferramentas chave para o enfrentamento das dificuldades vivenciadas por este grupo em decorrência da discriminação e consequente exclusão dos espaços comuns de socialização. A proposta educativa é balizada por metodologia participativa de forma a incluir atividades diversificadas e lúdicas onde sempre estão privilegiadas as falas das travestis e/ou quaisquer outras formas de comunicação escolhidas pelas participantes. Ao longo de quatro encontros são apresentadas propostas de trabalho em torno dos seguintes eixos temáticos: Saúde e Cidadania; Direitos Sexuais / Direitos Humanos; Prazer e Saúde. Outros parceiros são chamados a participar e / ou a coordenar vivências nos temas sobre os quais têm expertise como, por exemplo, redução de danos e alimentação saudável. Efeitos alcançados: ampliação do debate sobre saúde entendido como direito ao prazer à qualidade de vida e ao acesso amplo aos serviços públicos, particularmente os de saúde; entendimento sobre a necessidade de fazer escolhas saudáveis em relação à alimentação e às atividades físicas, bem como do uso de medicamentos e intervenções com o acompanhamento de profissionais capacitados; reconhecimento de seus direitos à livre expressão e manifestação da sexualidade e de identidade de gênero. Recomendações: É preciso ampliar interna e externamente os canais de diálogo e de socialização desta e de outras experiências afins, incluindo as organizações da sociedade civil, a fim de aprofundar o debate e dar maior visibilidade a questões que historicamente não estão na agenda dos gestores e dos executores das políticas públicas.
Palavras-chave
diversidade sexual; promoção da saúde; cidadania