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CARACTERÍSTICAS DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS
Resumo
Introdução: Diabetes, hipertensão, obesidade, são patologias com acentuada prevalência na sociedade hodierna. Assim, o envelhecimento populacional somado às doenças crônico-degenerativas, que acompanham ao idoso, representam desafios na saúde pública. Objetivo: Descrever as características dos idosos que participam de jornadas de saúde. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e quantitativo em população idosa de Cascavel que participou da Jornada de Medicina na Praça, promovida pelas ligas acadêmicas de medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, feito em outubro de 2013. Assim, os membros da Liga Acadêmica de Medicina da Família aplicaram questionários para obtenção de informações sobre as condições de saúde e a capacidade destes quanto às atividades de vida diária. As informações foram analisadas no software Excell 2010. Resultados: O estudo foi feito em 113 idosos dos quais 54,9% correspondem ao sexo feminino e 45,1% ao masculino. Com isso, a média de idade foi de 67 anos para ambos os sexos, com idade máxima de 81 anos-mulheres- e 84 anos-homens-. Em relação ao estado civil: 55,6% são casados, 20,5% viúvos, 13,3% solteiros e 10,6% divorciados. Ainda, 87,6% referiram saber ler e escrever. Em relação ao número de refeições diárias: 42,5% dos entrevistados fazem 4 refeições, 31,95% 3 refeições, 15% referiram 5 ou mais refeições e 10,6% afirmaram ter 2 refeições ao dia. Assim, 66,4% relataram fazer atividades físicas, com ênfase nas caminhadas. Utilização do tempo é variada: 32,7% indicaram ouvir rádio, 21,2% assistir TV, 16% realizam atividades manuais e 15% outras atividades. Os dados revelam que 44,2% dos idosos avaliam a sua saúde como regular, 43,4% como boa, 7,1% como ruim e 5,3% ótima. Com relação à principal ocupação: 57,5% disseram ser aposentados, 24,8% ainda têm emprego, 15,9% trabalham em casa e 1,8% são empresários. Quanto à presença de doenças, 73,4% são doentes, com predomínio de hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. Em menor proporção foi observado doenças de tireóide, Parkinson e enfisema. Em relação aos níveis de glicemia: 32,7% apresentaram valores acima de 126 mg/dl e 44,2% tiveram valores de glicemia alterada (>100 e < 126 mg/dl). Conclusão: Os resultados mostram que a maioria dos idosos apresenta doenças crônicas comprometendo a própria expectativa e qualidade de vida. Recomenda-se: políticas públicas, voltadas para a população idosa, focadas nas características e necessidades analisadas.
Palavras-chave
(idosos; liga de medicina; qualidade de vida).