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A saúde é um direito de todos. Porém, tem-se observado diversos problemas para garantia do acesso e resolutividade da assistência. O acolhimento surge, então, como marco importante para a oferta de serviços de saúde, principalmente por relacionar-se intimamente com a inversão do modelo técnico-assistencial, pretendendo, com suas práticas, a reorganização dos serviços e da relação profissional-usuário. O objetivo do trabalho é analisar e discutir a proposta do acolhimento através das concepções mais correntes, refletindo sobre suas potencialidades e seus limites nos serviços de saúde, bem como sobre a sua importância para consolidação do direito à saúde. Trata-se de um levantamento bibliográfico sobre acolhimento, com objetivo de permitir uma análise contextual sobre suas concepções. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura sobre suas conceituações, nas bases de dados Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, com o descritor "Acolhimento". Foram selecionados artigos que apresentavam algum conceito de acolhimento como fundamentação teórica para desenvolvimento do trabalho. Decidiu-se utilizar a bibliografia publicada a partir de 1990- ano da implementação do SUS- e das principais discussões sobre necessidade de humanização do atendimento. A seleção dos artigos deu-se de acordo com a relevância acadêmica ao desenvolvimento do trabalho. Os resultados apontaram que conceitos de acolhimento, em suas diversas dimensões, definem bem os objetivos e consequências de sua implementação. Observou-se que o acolhimento é encarado como reorganizador do processo de trabalho-saúde, estabelecendo relações de aproximação de modo humanizado entre profissional e usuários, na perspectiva do desenvolvimento da autonomia dos pacientes e seus familiares, oferecendo resolutividade e o bem-estar, bem como uma assistência humanizada, com qualidade e responsabilidade, e, consequentemente, garantindo o direito à saúde a todos. Constitui prática imprescindível para desenvolvimento do SUS como almejado por e para todos os cidadãos brasileiros. Permitir ao sujeito que seja co-partícipe do seu processo de saúde, empoderando-o e valorizando suas subjetividades, possibilita que este usuário tenha seus direitos assegurados quanto à oferta de serviços segundo princípios do SUS e nossa constituição.

Acolhimento; Serviços de Saúde; SUS