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A relação médico-paciente e o sofrimento psíquico do profissional de saúde é um tema bastante discutido na atualidade. Em especial, destaca-se o pouco preparo emocional dos médicos em lidar com situações de má notícia o que propicia um distanciamento na relação com o paciente, interferindo no vínculo e acolhimento e podendo gerar tanto práticas de cuidado ineficazes, como o sofrimento psíquico do médico pela frustração e limitação da sua intervenção. Nesse contexto, cria-se a necessidade de um olhar sobre a formação e preparação deste profissional acerca do cuidado de si/autocuidado. Objetivou-se analisar a produção do conhecimento sobre a relação médico-paciente na comunicação da má noticia para pacientes. A partir dessa análise, pretende-se problematizar as ideias mais recorrentes nas considerações sobre as especificidades das experiências dos médicos no uso da “parrhesía-coragem da verdade”, na intenção da construção de um encontro baseado na fala franca e na intenção/ciência de um cuidado de si. Para tanto, utilizou-se a revisão crítica de artigos científicos, publicados no período de 2005 a 2013, acessados no Scientific Electronic Library (Scielo). O corpo analítico, constituído de 18 artigos, foi trabalhado numa perspectiva qualitativa priorizando-se a interpretação dos sentidos das ideias centrais presentes no conjunto da literatura analisado. Como resultados da análise observam-se que na última década houve um aumento na produção acerca dessa temática. Apresentando um interesse significativo no uso das habilidades comunicacionais para uma melhor qualidade da relação médico-paciente. O destaque em aperfeiçoar continuamente e aprimorar essas habilidades é decorrente da compreensão de que uma comunicação eficaz já é difícil na melhor das circunstâncias, imagine quando o paciente está emocionalmente abalado como no caso das consultas médicas, cujo esforço extra se faz necessário para garantir que o paciente perceba exatamente o que é comunicado. A pesquisa visa oferecer subsídios para a prática, desvelando as dificuldades frente à comunicação da má notícia, além de disponibilizar dados refinados acerca da relação médico-paciente e seu impacto na adesão aos serviços de saúde. Tais informações são úteis à medida que subsidiem políticas que contribuam para um maior investimento na formação de médicos, no que diz respeito ao autocuidado e consequente qualidade na assistência à saúde da população.

Relação médico-paciente; formação; comunicação de má notíciac