Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE
Kilma Wanderley Lopes Gomes, Andrea Caprara, Lyvia Patricia Mesquita, Sylvana Gomes de Oliveira Granjeiro, Ana Paula Cavalcante Ramalho Brilhante

Resumo


Mesmo sendo uma doença antiga (re) emergente ainda há limitações para reduzir tanto a taxa de infestação do seu vetor, o Aedes aegypti, como a morbimortalidade por dengue. Questões estas que instigam as políticas de saúde a buscar soluções em vários aspectos da doença, no tocante a prevenção, tratamento e cura. Em relação ao componente da assistência incluído nas diretrizes de prevenção e controle da dengue no Brasil, a organização dos serviços de saúde, qualificação dos profissionais e a garantia do acesso são pontos fundamentais para evitar que óbitos aconteçam. No entanto, há algumas invisibilidades no seguimento assistencial durante o processo de adoecimento e morte por dengue que são incógnitas a ser desveladas.  Refletir sobre aspectos epidemiológicos da dengue no município de Fortaleza-Ce. O estudo teve como base para reflexão as informações e dados coletados na literatura científica sobre incidência de e letalidade por dengue, obtidos na base de dados da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Ceará e da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. A dengue apresenta-se como uma doença endêmica no município de Fortaleza, nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e até novembro de 2013 há registro de casos em todos os meses do ano, maior incidência nos meses de abril á julho. No ano de 2013 foram registrados 194 casos de dengue grave e destes a maioria está na capital, culminando em 30 óbitos na capital e 25 no interior. Segundo o Ministério da Saúde a maioria dos óbitos de dengue são evitáveis. Este resultado, no entanto, está condicionado à qualidade da assistência prestada aos pacientes com suspeita de dengue e à organização da rede de serviços de saúde. Essas observações reforçam a necessidade de repensar e organizar a rede de serviços para o manejo adequado em todos os níveis de atenção, qualificar continuamente os profissionais de saúde e integrar as ações da vigilância da dengue na Atenção Primária à Saúde. E, ainda é preciso repensar um planejamento e qualificação da atenção, conhecer o itinerário terapêutico do paciente quando doente por dengue procura atenção no sistema de saúde.

Palavras-chave


DENGUE;GESTÃO;ACESSO

Referências


Fonte: SMS-Fortaleza/COVIS/Célula de Vigilância Epidemiológica/CIEVS/SINAN

INFORME SEMANAL DENGUE:www.saude.ce.gov.br

BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G.; BASTOS, F. I.; XIMENES, R. A. A.; BARATA, R. B.; RODRIGUES, L. C. Sucessos e fracassos no controle de doenças infecciosas no Brasil: o contexto social e ambiental, políticas, intervenções e necessidades de pesquisa. In: BARRETO, M. L. Saúde no Brasil. Salvador: Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, maio 2011. p. 47-60. (3ª Séries). Disponível em: <http://download.thelancet.com/flatcontentassets/pdfs/brazil/brazilpor3.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2013.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue. Brasília, 2009c. 160 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível  em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes_epidemias_dengue_11_02_10.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2013.