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Caracterização do problema: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um trabalhador-usuário dos serviços de saúde em seu território, estando atravessado geográfica-existencial-comunitária e politicamente pelos diversos equipamentos comunitários, conhecendo em ato das necessidades sociais da população. O ACS é um agente ativador de mudanças na compreensão do binômio saúde-doença, pois integra o saber popular ao conhecimento técnico, colaborando para a transformação de situações-problema. Todavia, precisa ser reconhecido no processo de formação profissional considerando-o como preceptores do SUS no território. Descrição da experiência: Na atuação da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Hospitalar (RIMUSH) em Unidades de Saúde da Família, os ACSs foram significativos norteadores das práticas desenvolvidas. Isto pela apropriação da realidade local e por assumirem o elo entre família e a Unidade fortalecendo a ideia de serem preceptores em potencial. Dentre as atividades realizadas pelos residentes em parceria com os ACSs, destacam-se: visitas institucionais e domiciliares seguidas do registro nos prontuários, atividades de planejamento e divulgação da rede de assistência especializada, atividades educativas e participação no Projeto Saúde na Escola. Estes atores tão pouco reconhecidos apresentaram-se com bastante propriedade no que tange assuntos da comunidade e compreensão da rede de atenção à saúde, despertando nos residentes inquietações no que alude aos reais atributos de um preceptor. Efeitos alcançados: A vivência da RIMUSH na Atenção Básica proporcionou um novo olhar sobre o papel do preceptor. No ambiente hospitalar o preceptor está mais alinhado com o saber técnico das tecnologias leve-dura e dura, sendo, portanto mais tecnicista e procedimental. Na Atenção Básica a preceptoria é mais ampla, relacional, dialogada, em razão principalmente do trabalho do ACS, que é o facilitador deste processo junto à população local e aos demais profissionais de saúde. Recomendações: A preceptoria deveria estar vinculada a experiências no SUS e não necessariamente a educação formal universitária. Nesse sentido é preciso que os ACS sejam reconhecidos na preceptoria do SUS, participem dos Núcleos Docentes Assistenciais Estruturantes das Residência e das equipes de Matriciamento das Residências em Saúde.