Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PCATOOL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE APLICAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE NOVO AIRÃO-AM
Erica dos Santos Navegante, Bárbara Misslane da Cruz Castro, Caio Helcatã Pereira Costa, Stephanie Cella de Souza Franco, Rosana Pimentel Correia

Resumo


A pesquisa foi realizada no período de 09 a 13 de outubro de 2013, no município de Novo Airão com objetivo de avaliar a saúde local, a equipe multiprofissional que aplicou o estudo foi composta por acadêmicos de medicina, enfermeiras, odontólogos e nutricionistas que fazem parte do Programa Saúde e Cidadania da Universidade Federal do Amazonas. Foi identificado através de relatos dos usuários do Sistema Único de Saúde e moradores do Munícipio de Novo Airão que os mesmos têm como porta de entrada a Unidade Mista de Novo Airão, este, no entanto presta atendimento em nível de média complexidade, em busca de prevenção, diagnóstico e tratamento da saúde. Na visita a Unidade Mista de Novo Airão o único pronto-socorro do local, oferece atendimento com a estrutura física precária sem recursos de materiais, não oferece suporte adequado para situações consideradas de urgência e emergência, a única sala de cirurgia geral e sala de parto estão desativadas, possui apenas um médico plantonista que fica no plantão 24hs, não possui equipamentos para diagnósticos ou tratamentos de doenças como um simples aparelho de ultrassonografia obstétrica e outros. Através de relatos de mulheres foi identificado que quando não querem se deslocar para o município vizinho vai à parteira para a mesma realizar o parto. Em um curso de atualização e qualificação para parteiras, no qual as residentes em enfermagem obstétricas participaram, em parceria com Secretaria Estadual e Municipal de Saúde com responsabilidade do Ministério da Saúde foi ressaltado que todas as parteiras que existem em Manaus e municípios de todo estado devem ter suas parteiras cadastradas pelo Ministério da Saúde. Em relação à escolha dos usuários de saúde pela preferência da consulta no hospital se deve pelo fato do atendimento ser imediato, caso tenha médico, não há necessidade de enfrentar filas como nas UBS’s. Conclui-se que os profissionais não tem vínculo com a população local, não conhece a realidade socioeconômica, prescrevendo medicamentos que não existe na farmácia e que se houvesse a oportunidade de mudar a consulta para outro local se fosse mais fácil, mudariam com certeza. Observado ainda que os profissionais não orientam as pessoas sobre a nutrição ou dieta saudável, não existe programas de suplementação nutricional, visto que a população necessita extremamente, pois é um povo carente de recursos financeiros, muitos deles alimentam-se em todas as refeições de salsichas e alimentos enlatados. No momento o município não oferece serviço de odontologia, pois está sem profissional. Por outro lado o município disponibiliza um profissional educador físico voluntário para realizar atividades físicas com a comunidade, mas, foi verificado que falta incentivo e divulgação para a prática dessas atividades.

Palavras-chave


: Atenção básica; Avaliação de serviço; Saúde da família.