Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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APRENDENDO E FAZENDO: UMA EXPERIÊNCIA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE VOLTADA PARA A ATUAÇÃO EM NASF
Márcia Fernanda e Méllo Mendes, Luciana Bisio Mattos, Guelle Juarez Duarte Ribeiro, Mariana Bauer, Stéfani Almeida Schneider, Mariana Vieceli, Natália Rodrigues, Josiane Dias

Resumo


Este trabalho tem por objetivo apresentar a vivencia de residentes e preceptores da RIS-AB da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul em parceria com município de Sapucaia do Sul. Esta RIS-AB foi voltada para o trabalho de matriciamento, buscando fomentar a formação profissional para intervir em Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF). O relato visa contar os desafios, os avanços, as construções e desconstrução, os afetos e desafetos vivenciados neste processo. Em 2011, em parceria entre Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul e a Secretaria Municipal de Saúde do Município de Sapucaia do Sul, inicia -se uma negociação visando uma proposta de residência em atenção básica interdisciplinar diferente da já existente nesta instituição de ensino onde o perfil do egresso seja para o trabalho em NASF. O NASF surge com uma proposta de fomentar e qualificar as ações na Atenção Básica, no entanto uma dificuldade é encontrar profissionais que trabalhem nesta nova lógica, rompendo com o especialíssimo, a lógica de agendamento de consulta e apresentando uma práxis interdisciplinar, do trabalho em equipe, sendo um agente que fomenta a Educação Permanente em Saúde nas equipes de saúde da família. Em março de 2012 tivemos o ingresso de residentes das áreas profissionais da psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, educação física, áreas que compunham a equipe de NASF do município no ano de 2011. Para esta RIS-AB propôs-se que os residentes iniciassem sua formação com um estágio de imersão, de poucos meses, nas unidades acompanhando a territorialização e cotidiano dos serviços. Após eles acompanharam o cotidiano de trabalho da equipe de trabalho da equipe de NASF. Nessa vivência, situações que são entraves no cotidiano de trabalho no SUS, também permearam a formação em serviço, como a rotatividade de trabalhadores na rede de atenção, a lógica do processo de trabalho pautados pelo especialismo, consultação, distanciamento dos princípios e diretrizes do sistema único de Saúde. Como avanços notamos uma melhor a percepção dos trabalhadores do protagonismo para gestão do cotidiano, da necessidade de se autorizar a inventar e reinventar o trabalho com as equipes que apoiavam. Segundo a avaliação das equipes apoiadas, elas conseguiram perceber a diferença entre apoio e alguém que orienta o que fazer e depois cobra o que foi feito. Esta experiência foi muito rica e mostra a importância de pensarmos novos modelos para este novo fazer do SUS.