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Introdução: o Brasil é o segundo país em prevalência de hanseníase no mundo, se tratando de importante problema de saúde em nosso meio. Por esse motivo, é imperativo o conhecimento de suas características epidemiológicas de modo a orientar políticas públicas e estratégias de gestão específicas de combate à enfermidade. Objetivo: descrever e analisar o perfil de casos notificados de hanseníase no Maranhão. Métodos: estudo epidemiológico quantitativo de abordagem descritiva através de dados do Sistema de Vigilância Epidemiológico (SVE) referentes a casos novos de hanseníase diagnosticados em residentes no Maranhão entre 2001-2012. Resultados: dos 54.719 casos notificados, 56,69% foram do sexo masculino, pardos (52,57%), com idade entre 20-39 anos (35,17%) e de baixa escolaridade. A forma clínica e classe operacional mais prevalentes foram a dimorfa e multibacilar, respectivamente. A maior prevalência foi encontrada em São Luís 13,65% e o maior Coeficiente de Detecção foi registrado no município de Junco do Maranhão (23,27casos/10.000hab.). Conclusão: O estudo demonstrou mudanças significativas no perfil da doença, com redução do número absoluto de casos em algumas regiões e padrões endêmicos/hiperedêmicos em quase todo o Estado. O conhecimento das características espaciais da doença possibilita à gestão e aos serviços de saúde a análise de suas peculiaridades, possibilitando pontos de intervenção e potencializando reformas estruturantes capazes de interferir no quadro epidemiológico da região.