Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
A FORMAÇÃO DO (A) MÉDICO (A) BRASILEIRO (A) À LUZ DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO ANO DE 2013: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS COM O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Arthur Antunes de Souza Pinho, Cláudio Claudino da Silva Filho, Sued Sheila Sarmento, Susanne Pinheiro Costa e Silva, Thiago Silva de Freitas Santos

Resumo


A formação dos profissionais de saúde vem sendo frequentemente discutida e levantada pela sociedade. Além da carência desses profissionais em áreas do Brasil, o médico, assim como os outros profissionais, não está devidamente preparado para o enfrentamento dos desafios e singularidades que o SUS expõe. Esta deficiência nas competências do quadro de recursos humanos para a saúde é reflexo de um ensino marcado por um tecnicismo herdado de um excesso de racionalidade. O objetivo deste estudo foi realizar uma reflexão acerca do contexto da formação dos profissionais médicos para atuação no SUS, além dos desafios e intervenções que estão sendo realizados nacionalmente para o trabalho deste profissional no SUS. Após os filtros definidores da pesquisa bibliográfica, foram afunilados e analisados seis artigos publicados no ano de 2013, selecionados a partir do uso de descritores indexados na Base de Dados DeCS na plataforma Scielo e direcionados à estudos do ensino médico. Os artigos indicam um ensino ainda inadequado para a atuação no SUS visto às limitações do processo saúde-doença e a importância do diagnóstico e tratamento. Os autores refletem sobre a resistência do estudante ao reconhecimento dos fatores não biológicos e suas relações com os aspectos de saúde. Compartilham a ideia de que o processo de educação na saúde precisa estar voltado à problematização e em constante aproximação do lócus do estudo com os cenários de prática. O mesmo é exposto por pesquisadores cubanos que acreditam na transformação do estudante e no potencial que o serviço expressa na construção profissional. O protagonismo dos sujeitos e instâncias que compõem a sociedade e seu papel nas mudanças institucionais também foi citado ao longo dos trabalhos. Por fim, verificou-se uma crítica ao modelo centrado no médico e os avanços conquistados na área educacional fruto de uma reflexão entre os atores que compõem as instituições formadoras. Assim, é visto um cenário ainda fragmentado, disciplinar e por vezes rígido, mas contendo em sua essência sinais de uma constante transformação. São percebidas novas possibilidades de modelos que visem o cuidado e a promoção de saúde e a necessidade de reconhecimento dos diversos saberes, encontrando formas de atravessamento das práticas profissionais.

Palavras-chave


Formação Profissional; Saúde; Medicina