Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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IMPLANTAÇÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM ESCUTA SENSÍVEL E QUALIFICADA NA SALA DE ESPERA: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA NA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
Maria Teresa Brito Mariotti de Santana, Janira Silva, Márcia Barbedo, Fernanda Negreiros, Jéssika Gondim, Railda Santana

Resumo


Nas unidades de pronto atendimento (UPAs) ter acesso ao serviço médico possui um tempo de espera longo e a ordem de chegada, ainda prevalece como forma de ordenação do fluxo para orientar os serviços a serem prestados. Algumas unidades já implantaram a diretriz do acolhimento e classificação de risco (AACR), da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (PNH-SUS). A fila continua a existir para aqueles classificados como verdes, urgências artificiais ou classificados como azul, sem urgência. São os usuários com dor e sofrimento que necessitam do alívio e tratamento. A demanda é alta e o tempo de espera é elevado. Surgiu o questionamento: Como a população poderá compreender que a ordem de espera pelo atendimento nas UPAs, após a implantação do acolhimento e classificação de risco é uma mudança do serviço de emergência e urgência na saúde pública que atende por inclusão? E como poderá ela contribuir para melhorá-la de dentro pra fora? O objetivo é implantar a escuta sensível e qualificada da queixa do usuário na sala de espera, na unidade de pronto atendimento. Trata-se de um relato de experiência sistematizada que toma como eixo norteador a PNH-SUS. Teve a parceria da UPA-ESCADA situada no Distrito Sanitário Ferroviário de Salvador. Todas as quintas-feiras, a partir e novembro de 2013 foi formada a equipe de acolhedores para acompanhar a evolução do usuário e o acompanhar no fluxo, desde o acesso até o desfecho. Os procedimentos consistiram em um dialogo coletivo sobre o tema: Emergência e Urgência: o que significa para você? Depois cada usuário foi convidado para o diálogo individual iniciando com a pergunta: Como posso ajudá-lo(a)? Antes da aproximação com o usuário, cada acolhedor foi apresentado ao fluxo organizacional da unidade e recebeu um roteiro que constou de três etapas: Quem eu sou; De onde venho; O que quero. Nos dois meses de implantação foram realizadas 10 salas de espera, com escuta sensível e qualificada de 38 usuários. A experiência poderá contribuir para a implementação da política da PNH-SUS fornecendo subsídios para a melhoria da qualidade de atendimento na sala de espera mantendo o usuário informado e acolhido pela enfermagem e assistência social, enquanto espera ter o acesso aos serviços médicos da UPA. Oportuniza a formação de futuros profissionais de saúde no modelo SUS e sensibiliza os que já estão atuando. A Saúde toda hora é o SUS que dá certo.

Palavras-chave


acolhimento, risco, serviço de emergência, escuta sensível

Referências


Barbier, R. (1998). A escuta sensível na abordagem transversal. São Carlos: UFSCar.

BRASIL, Ministério da Saúde. Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS, Cartilha da PNH – Humaniza SUS. http:www.saúde.gov.br

Duarte, J-F., Jr. (2001). O sentido dos sentidos: a educação do sensível. Curitiba: Criar Edições.

MARIOTTI, H. Mudança de Modelo Mental in Acolhimento, o pensar, o fazer, o viver São Paulo:Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo/ Associação Palas Athena, 2002 17-37