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POTENCIALIDADES DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA DE PORTADORES DE HIPERTENSÃO E DIABETES
Resumo
As doenças crônicas não transmissíveis apresentam atualmente maior magnitude na população brasileira, resultando na necessidade de um elevado número de consultas de rotina, de emergência e urgência, especialistas e internações hospitalares, assim como grande número de sequelados necessita de visitas domiciliares. Como principais exemplos dessas patologias, pode-se destacar: hipertensão arterial e diabetes mellitus. Na gestão clínica da hipertensão e diabetes na Atenção Básica, busca-se realizar um cuidado especial fazendo uso de diversas metodologias, dentre elas a formação de grupos. Descrição da experiência: O grupo de portadores de hipertensão e diabetes é formado por moradores da área de abrangência de duas equipes de saúde da família. A atividade iniciou-se em 2012, sendo realizados 13 encontros até o mês de novembro de 2013. Foi estabelecida a rotina de toda primeira quinta feira do mês a realização do grupo em um espaço da comunidade (Comunidade Católica Servos do Senhor), a qual também havia o convite dos agentes comunitários de saúde. Ao iniciar as atividades era verificada a pressão arterial, peso e glicemia de todos os participantes do grupo, seguida de lanche saudável, atividade física e/ou oficina educativa (uso de medicamentos, alimentação, higiene bucal, atividade física, prevenção de câncer, hipertensão e diabetes, entre outras). Para os casos necessários, procedia-se a realização de consulta médica, de enfermagem e avaliação bucal. Efeitos alcançados e recomendações: Durante todo o período de realização do grupo, obteve-se um total de 311 usuários participantes listados por nome e dados relacionados à sua participação e sinais vitais, com média de 50 pessoas por dia de evento. A grande maioria dos participantes era mulher (230) e pouca participação masculina (81), quadro que se justifica pela ocorrência das reuniões no período diurno, horário em que a maioria dos homens está trabalhando. Verificaram-se mínimo de 80x60 mmHg e máximo de 220x130 mmHg no que concerne a pressão arterial e mínimo de 79 mg/dl e máximo de 471 mg/dl de glicemia capilar. Observou-se, de forma geral, que no início das atividades do grupo, houve elevado número de pessoas com pressão arterial e glicemia alterada para acima do padrão de normalidade e quanto maior a assiduidade do usuário no grupo mais próximo dos valores de normalidade seus achados foram se aproximando, demonstrando os efeitos benéficos que tal atividade vem a proporcionar.
Palavras-chave
doenças crônicas; Atenção Básica; saúde da família