Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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TUBERCULOSE LATENTE EM IMUNODEPRIMIDOS PELO HIV ATENDIDOS NO SERVIÇO DE DOENÇAS INFECCIOSAS EM CAMPO GRANDE- MS
Fernanda Bocchi Monteiro, Hércules Hideki Makio, Luciane Negrete Saracho, Adriana Carla Negri, Vanessa Terezinha Gubert de Matos, Maurício Antônio Ponpilio, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Everton Ferreira Lemos, Anamaria Melo Miranda Paniago

Resumo


A tuberculose latente atinge um terço da população mundial, entretanto apenas 5% a 10% poderão evoluir para forma ativa. A coinfecção pelo HIV aumenta em até 20% essa probabilidade. A detecção da TBL deve ser feita ainda na atenção primária, aumentando a chance de cura e diminuindo o risco de ativação da tuberculose. Objetivos: O objetivo geral deste trabalho foi descrever as características clínico-epidemiológicas de pacientes com diagnóstico de TBL entre HIV positivos atendidos no Hospital Universitário da UFMS. Método: Estudo retrospectivo, feito com pacientes identificados a partir do livro de registro de resultado de prova tuberculínica e do controle de dispensação de isoniazida pela farmácia do Hospital Dia Professora Esterina Corsini. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de tuberculose latente (prova tuberculínica ≥ 5mm) ou que fizeram uso de isoniazida atendidos entre os anos de 2008 e 2012 neste hospital. Foram excluídos pacientes com a forma ativa da doença. Resultados: Dos 77 pacientes selecionados, 42 eram HIV positivos. Entre eles 60% eram do sexo masculino,a escolaridade prevalente foi entre 0- 12 anos de escolaridade e a faixa etária prevalente foi entre 47- 59 anos . Possuíam alguma comorbidade57%,em  90% foi indicado TARV, 79% fizeram uso de isoniazida, 54% eram ou já foram fumantes, 54% eram etilistas,9% possuíam HBV e 7% HCV. Dos 19 pacientes que fizeram Quantiferon, 9 foram positivos. Vieram a óbito 3 pacientes, dois por choque séptico e um sem declaração de óbito. Conclusão: Com base nos dados obtidos podemos traçar o perfil epidemiológico dos pacientes HIV positivos como do sexo masculino, com comorbidades, etilista e/ou tabagista, entre 47-59 anos e de baixa escolaridade. Sendo a tuberculose a doença oportunista mais prevalente e uma das principais causas de morte no paciente HIV positivo e que o tratamento da TBL é importante estratégia para seu controle, esforços coletivos devem ser tomados para ampliar a testagem e tratamento deste grupo vulnerável.

Palavras-chave


Tuberculose latente; HIV