Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
O SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM MACAÉ, RIO DE JANEIRO: GRUPO FOCAL COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA IDENTIFICAÇÃO DE LIMITES E POTENCIALIDADES
Amabela de Avelar Cordeiro, Ana Eliza Port Lourenco, Jessica da Silva Nascimento, Vanessa Lucia da Cruz Ribeiro, Barbara Isis dos Santos, Marcia Maria Pires Ramalho, Carolina da Costa Pires, Marinda Batista dos Santos

Resumo


O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é um instrumento para obtenção de dados de monitoramento do estado nutricional e do consumo alimentar dos usuários do Sistema Único de Saúde. Foi concebido sobre três eixos: formulação de políticas públicas; planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais relacionados; e avaliação da eficácia das ações governamentais. Contudo, existem entraves no fluxo de produção dos dados, que podem comprometer as informações geradas e a efetividade das ações. Objetivos: Identificar limites e potencialidades do SISVAN em Macaé para auxiliar o processo de avaliação e aprimoramento do mesmo. Método: No âmbito de um Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) da UFRJ-Macaé, desenvolve-se o Projeto-SISVAN, contando com uma equipe de quatro alunas de graduação, duas preceptoras nutricionistas envolvidas no gerenciamento do SISVAN municipal e duas docentes. O Projeto prevê a realização de grupos focais com profissionais de saúde sobreo andamento do SISVAN; o desenvolvimento de um instrumento de avaliação do SISVAN; aplicação do mesmo; e a promoção de ações educativas para melhoramento do Sistema. Em uma primeira fase, foi feito em abril de 2013 um grupo focal com seis nutricionistas locais para identificação de dificuldades do SISVAN municipal e de possíveis soluções para as mesmas. O grupo teve duração aproximada de uma hora e foi conduzido por um moderador, que seguiu um roteiro estruturado de perguntas. As falas foram analisadas, buscando conhecer as experiências, dificuldades e expectativas sobre o SISVAN local. Resultados: como principais dificuldades do SISVAN as nutricionistas identificaram: falta de comprometimento dos gestores das Unidades de Saúde e/ou Estratégias de Saúde da Família (ESF); quantidade insuficiente de recursos humanos para realização das atividades previstas; e falta de transporte para deslocamento/acesso às ESF. Como aspectos positivos, o grupo salientou a integração entre profissionais nutricionistas atuantes na gestão e aquelas que trabalham nas ESF; e o aprimoramento do formulário de coleta de dados. Conclusão: Os resultados confirmam que são diversos os problemas para o funcionamento do SISVAN, sendo essencial conhecer a realidade local para possibilitar melhorias concretas. Em especial os atores envolvidos diretamente com o SISVAN têm vasta experiência e podem contribuir de maneira efetiva para seu aprimoramento.

Palavras-chave


Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional; Educação Superior; Educação em Saúde

Referências


BRASIL.Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde -Pro-Saúde: objetivos, implementação e desenvolvimento potencial. Brasília,DF: Ministério da Saúde, 2007. 86p. (Série C. Programas e Relatórios).BRASIL. Ministério daSaúde. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN na Assistênciaà Saúde.Brasília: Ministério da Saúde, 2008. (Série B. Textos Básicos de Saúde).