Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: (RE) ORIENTAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINO/APRENDIZAGEM DOS ACS?
Bianca de Oliveira Araujo, Mariana de Oliveira Araujo, Illyane Alencar Carvalho, Luane Sales de Jesus, Jucielma de Jesus Dias, Manoela Cerqueira Reis, Minéia Araujo Carneiro Bastos, Taciane Alves de Oliveira Freitas, Renata Marques da Silva, Adje Silva Santos

Resumo


Introdução: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores de saúde, de acordo com tal política as práticas educativas para os trabalhadores de saúde devem tomar como eixo a Educação Permanente em Saúde (EPS). Como o Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o elo entre a comunidade adscrita e a Unidade de Saúde da Família é necessário que sejam adotadas formas abrangentes e organizadas de aprendizagem no seu processo de formação e de desenvolvimento, orientadas pela realidade que estão inseridos para que possam prover estes profissionais de competências específicas para o desenvolvimento do seu trabalho. OBJETIVO: Descrever se a EPS têm sido adotada para orientar o processo de ensino/aprendizagem dos ACS e apontar possibilidades de reorientação destas práticas. Metodologia: Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfica. Para identificação dos estudos foram cruzados os descritores capacitação/ACS/atenção básica, nas bases de dados LILACS e SCIELO, sendo identificadas 21 publicações das quais 10 foram selecionadas a partir dos seguintes critérios de refinamento: artigos completos, exclusão de textos coincidentes e seleção de textos de interesse. Foi utilizado a Análise de Conteúdo para a análise dos dados. Resultados: Os dados evidenciaram que os processos de ensino/aprendizagem dos ACS ainda são realizados em sua grande maioria de forma pontual, com enfoque na doença e não levando em consideração as reais necessidades dos ACS e da comunidade a que estão vinculados. Este modelo adotado não contribui para que os ACS possam definir os principais problemas da comunidade e as formas de enfrentamento destes problemas. Quando os ACS escolhem o tema a ser abordado, a metodologia predominante é a transmissão de conhecimento, não havendo o estabelecimento de um diálogo pedagógico entre os eles e os profissionais que realizam as atividades educativas, assim, a construção do conhecimento não ocorre de forma articulada ao processo de trabalho dos ACS, o que dificulta que seja feita uma relação da teoria com a prática. CONCLUSÃO: Os pressupostos da EPS vêm sendo utilizados de forma ainda fragilizada, o que impossibilita que o objetivo da PNEPS seja atingido. A EPS precisa ser adotada na qualificação do ACS, pois é um modelo educativo que está articulado à educação de adultos e à proposta do SUS.

Palavras-chave


Educação Permanente em Saúde; Agente Comunitário de Saúde; práticas educativas