Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DA AIDS EM GRUPOS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS
Sabrinna Araujo Coimbra

Resumo


Introdução: A AIDS/HIV configura-se como epidemia no Brasil desde a década de 1980. Os 608.230 casos da doença no país denotam a necessidade de intervenções continuadas no âmbito da Vigilância em Saúde. A relevância da intervenção junto a adolescentes em conflito com a lei inscreve-se na possibilidade de mobilização para a mudança de comportamentos de risco, no que concerne à prevenção de pessoas ainda não infectadas, assim como na identificação de pessoas vivendo com AIDS/HIV visando à melhoria de sua qualidade de vida. Metodologia: O trabalho aconteceu com adolescentes em conflito com a lei, que cumprem medidas sócioeducativas no CREAS Tianguá. A abordagem utilizada permite a mobilização e sensibilização de populações para a própria realidade social e histórica, conduzindo ao envolvimento dos participantes com as temáticas trabalhadas, em direção à autonomia e superação de condições opressoras, onde a problematização e o conhecimento prévio dos participantes os fazem refletir para possíveis transformações na sua realidade de saúde.  Adotou ainda, como técnicas, a dinâmica de grupo e da observação participante. Resultados parciais: A imagem que os adolescentes sustentam de si mesmos está inevitavelmente associada à sua condição de estarem em cumprimento de medidas socioeducativas ou a sua atitude quando do ato infracional cometido, não de forma unicamente subjetiva, mas no que sua condição representa socialmente, pelo modo como são vistos pela sociedade. O desafio da educação para a prevenção deve incluir a família na discussão em questão, convidando-a ao diálogo e a uma postura de maior abertura quanto à sexualidade dos adolescentes. Diante do desafio de facilitar a transformação daquilo que se sabe naquilo que se pratica, parece haver um grande abismo entre a aquisição da informação e a mudança comportamental. O aprofundamento do tema permite a criação de condutas mais saudáveis e comprometidas com o cuidado de si e do outro. Considerações: Diante da experiência realizada, inferimos a impossibilidade de um trabalho preventivo que dispense uma prática educativa, a qual deve levar em conta as peculiaridades de cada grupo ou população assistida. Mostra-se imprescindível a ação intersetorial para o atendimento das populações no sentido da integralidade, buscando práticas mais responsivas às suas. Vislumbramos a perspectiva de um trabalho continuado que possa tornar-se parte de nossas ações cotidianas no PSF e no CREAS e possa incluir a presença de outros setores e profissionais em momentos posteriores, a fim de contribuir de modo efetivo para o combate à epidemia da AIDS.

Palavras-chave


AIDS;PREVENÇÃO;EDUCAÇÃO

Referências


ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ (ESP). Curso de enfrentamento da epidemia da Aids. Fortaleza:Escola de Saúde Pública do Ceará, 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.831, 1º de dezembro de 2011.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Histórias Posithivas: Jovens com HIV: sonhar é possível. [Vídeo]. IN:<http://www.youtube.com/watch?v=zeceKrMOzOI>. Acesso em: 01/09/2013.

MOURA JÚNIOR, J. F. Reflexões sobre a pobreza a partir da identidade de pessoas em situação de rua de Fortaleza. (Dissertação). 2012.