Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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OFICINA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HANSENÍASE PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda Elizabeth Sena Barbosa, Camila Raiane Santos de Lira, Laura Milena Fortunato Chaves, Gisléa Kândida Ferreira da Silva, Priscila Tamar Alves Nogueira, Thaisyara de Melo Barbosa Lima

Resumo


Mesmo sendo um agravo de fácil diagnóstico, tratamento e cura, a hanseníase ainda figura como importante problema de saúde pública e é considerada uma doença negligenciada. Por ser uma doença infectocontagiosa, o contato intradomiciliar se torna foco de atuação dos profissionais de saúde visando bloquear a transmissão entre os familiares e a própria comunidade. Por residir no território de atuação e ter como atribuições atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS, o agente comunitário de saúde (ACS) é um dos componentes com maior carga responsabilidade no processo de cuidar da comunidade. Desta forma, é peça fundamental no desenvolvimento de ações que visam interromper a transmissão da hanseníase além de diagnosticar os casos precocemente através da busca ativa e visitas domiciliares. Por ser um propagador de informações para a comunidade, é fundamental manter esses profissionais atualizados para que através desse profissional o usuário seja responsável pela sua saúde sendo capaz, no caso da hanseníase, de identificar manchas sugestivas da doença. Após identificarem déficit no conhecimento dos ACS sobre hanseníase, residentes do programa multiprofissional de saúde coletiva realizaram oficinas com todos os ACS da rede de saúde de um município de Pernambuco com objetivo de aprimorar e aperfeiçoar o trabalho deste profissional. A oficina, além de perpassar pela etiologia da doença, focou na atuação específica do agente comunitário frente à hanseníase, de como ele podia identificar casos novos durante as visitas domiciliares e da importância da valorização das queixas dos usuários. A experiência foi bastante rica tanto para os ACS quanto para os residentes de saúde coletiva que por terem um programa de residência com objetivo de formar gestores para o Sistema Único de Saúde, tem como campo de estágio a gestão o que os restringe de conhecer de perto as demandas e necessidades dos profissionais que lidam rotineiramente com as queixas e dificuldades da população. Saber reconhecer as necessidades dos profissionais que estão na ponta do serviço de saúde e tentar sanar essas lacunas no conhecimento e na atuação dos mesmos é de fundamental importância aperfeiçoando a atuação do ACS, identificando precocemente os casos de hanseníase e melhorando a atenção a saúde da comunidade.

Palavras-chave


Educação em Saúde; Agente Comunitário de Saúde; Hanseníase

Referências


Alencar OM, Heukelbach J, Pereira TM, Barbosa JC. Trabalho do Agente Comunitário de Saúde no controle da hanseníase. Revista Rene. V.13, n. 1. 2002