Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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APRENDIZAGEM DE LIBRAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DA PESSOA SURDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ingrid Noleto Teixeira, Samya Raquel Soares Dias, Priscila Martins Mendes, Danielle Gomes Dourado, Lucas Ariel Fernandes da Rocha, Telma Maria Evangelista de Araújo

Resumo


A integralidade é um princípio básico que rege o Sistema Único de Saúde. Ele assegura que seja fornecida atenção contínua à saúde de todos os indivíduos considerando as  suas necessidades específicas. No contexto atual, existem iniciativas para a inclusão social das pessoas com necessidades auditivas e surdas. Porém nos serviços de saúde há significativo desfalque quanto à assistência, seja em nível de promoção, prevenção ou reabilitação de saúde. Este relato trata da experiência acerca da participação de acadêmicos em curso intensivo de libras com enfoque na Educação sobre DST/AIDS/ Hepatites Virais para qualificação na atuação durante o Programa de Educação pelo Trabalho- PET Vigilância em Saúde, em que os sujeitos de intervenção ao longo do programa são estudantes que possuem deficiência auditiva, que serão instruídos quanto a estes temas. O curso de linguagem dos sinais foi planejado pela tutora e preceptoras do citado PET, ministrado por instrutores de libras, onde um apresenta perda auditiva. Estes apresentaram o tema sob uma interface inusitada com diversas dinâmicas que incentivaram o interesse em aprofundar o conhecimento de libras. O foco foi sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais. Embora cada vez mais informações venham sendo difundidas acerca destes temas, poucas campanhas e iniciativas atendem às particularidades para compreensão deste público alvo. Este fato reflete na alta prevalência destes agravos preveníveis, pois a falta de conhecimento ainda é uma realidade. Durante esta vivência foi possível à percepção das dificuldades de comunicação entre os profissionais da saúde e os deficientes auditivos, tendo em vista que muitos profissionais não possuem conhecimento da Linguagem de Sinais, causando prejuízo considerável na humanização da assistência à saúde deste paciente. Esta experiência trouxe inúmeros ganhos, pois além dos conhecimentos adquiridos, despertou-se a consciência profissional quanto à necessidade de preparo para uma assistência integral e equânime a toda população. Almeja-se que cada vez mais sejam estimuladas campanhas e iniciativas para capacitação em libras às mais diversas categorias profissionais para uma efetiva reinserção social dos deficientes auditivos e surdos.