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Introdução: Esta pesquisa-intervenção fez parte das atividades de um Estágio Acadêmico, do Curso de Psicologia, do Centro Universitário Univates, realizado na 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, na cidade de Lajeado – RS. A análise do fluxo mostrou que alguns municípios, mesmo contando com equipes de Estratégia de Saúde de Família, CAPS e leitos credenciados para saúde mental no hospital geral local, ainda registram um fluxo significativo de internações numa Clínica psiquiátrica de referencia na regional. Diante deste cenário a pesquisa-intervenção analisou: Qual o cuidado em saúde mental oferecido aos usuários dos serviços municipais de saúde que ainda mantém significativo número de internações em hospital psiquiátrico de referência? Como se articula (ou não) a rede de atenção a saúde mental? Objetivos: A pesquisa-intervenção teve como objetivos: problematizar com os profissionais de saúde dos municípios como avaliam o cuidado promovido pela rede de à saúde mental; realizar a escuta desses trabalhadores e problematizar quais os compromissos dos diferentes atores e serviços no cuidado em saúde mental; conhecer como funciona a linha de cuidado em saúde mental nesses municípios. Método: Foram realizadas rodas de conversa com as equipes de cada um dos quatro municípios selecionados para a pesquisa-intervenção. As rodas de conversa oportunizaram aos atores do cuidado em saúde mental questionar suas práticas, identificando dificuldades e possibilidades. Resultados e Conclusão: As dificuldades das equipes iniciam pela falta de uma prática de reuniões das equipes de cada serviço e entre as equipes de diferentes serviços, o que mostra a impossibilidade de constituírem redes de cuidado em saúde mental, tanto na atenção básica como especializada. Em um dos municípios já foi proposta a articulação das equipes para repensarem as ações de cuidado em saúde mental. Em outro município, a equipe desconhecia o número de internações que haviam solicitado e projetaram as principais dificuldades na atenção básica. Ainda predominam os atendimentos individuais e o uso de medicamentos como práticas de cuidado. Observamos a falta de articulação e comunicação para estabelecer fluxos de cuidado mais resolutivos e coerentes com as políticas de saúde mental, a necessidade de maior investimento na formação e qualificação das equipes. Consideramos que a estruturação da rede de atenção e o comprometimento/implicação dos profissionais são determinantes na qualidade da atenção prestada aos usuários.

Saúde Mental; Rede de cuidado;Trabalho em equipe; Pesquisa-intervenção;