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O TABAGISMO COMO FATOR DE RISCO EM UMA POPULAÇÃO DE HOMENS COM BAIXAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS
Resumo
Introdução: O estudo incidiu sobre homens entre as idades de 20 e 59 anos e buscou compreender o impacto das barreiras socioculturais para busca de atendimento em saúde e sua correlação com o tabagismo, em uma região periférica no Distrito Federal habitada por imigrantes de zonas rurais. Objetivos: Entender as possíveis relações entre determinantes sociais de saúde e fatores de risco tendo como exemplo o tabagismo. Método: Foram feitas entrevistas semiestruturadas com 17 homens, dos quais 3 fumam e 2 se declararam ex-fumantes. Dados como cidade de origem, ocupação, renda mensal, nível de escolaridade e condições de moradia compuseram a entrevista. O Teste de Dependência Nicotínica de Fagerstrõm foi aplicado para aqueles que se declararam fumantes. Resultados: Todos os homens que fumam ou já fumaram têm em comum a procedência de interiores do Brasil, lugares onde há pouco acesso à informação e estudo. Seus trabalhos são braçais, sem carteira assinada e em condições insalubres, com pouco estabilidade. Esses são fatores predisponentes para o fumo, uma vez que é usado como uma forma de fuga à realidade, para descansar, relaxar e ganhar mais energia para as próximas jornadas. Ambos os homens entrevistados e que se declararam fumantes têm dependência de nível moderado. Além disso, grau de dependência entre os fumantes pode ser considerado agravante quando relacionado a determinantes sociais de saúde comuns no estudo, a saber: baixa escolaridade, condições de emprego, condições pobres de moradia e de segurança pública na área de residência. Conclusão: Programas que visem combater o tabagismo há de construir suas ações partindo de um olhar que abrange os determinantes sociais de saúde e as condições de vida, de trabalho e de adoecimento da população.
Palavras-chave
tabagismo; sócio-econômicas; rural