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Caracterização do problema: O projeto tem como objetivo acompanhamento do crescimento e o desenvolvimento infantil 70 famílias e 100 crianças indígenas menores de seis anos e seus familiares residentes na aldeia urbana Água Bonita localizada na periferia do município de Campo Grande (etnias Guarani, Kaiowá, Kadiwéu, Guató e Terena). O padrão socioeconômico desta comunidade é precário. Descrição de experiência: Participaram do projeto no primeiro semestre de 2013 acadêmicos de enfermagem, fisioterapia, pedagogia e psicologia e professores de enfermagem, fisioterapia. Houve boa aceitação da liderança local; buscamos literatura com a história e cultura da etnia Terena, buscando as diversas áreas do desenvolvimento infantil. Em abril de 2012 fizemos visitas domiciliares e iniciamos as atividades na Oca da aldeia com adesão média de 20 crianças/dia. As atividades foram alternadas em jogos, brincadeiras, atividades de higiene, entre outras. No primeiro semestre de 2013 o trabalho foi alterado com brincadeiras mais direcionadas aos objetivos propostos, limitando o uso livre de brinquedos. Com esta mudanças o número de crianças participantes caiu para oito crianças/dia. Efeitos alcançados: Inúmeras dificuldades foram encontradas, como no primeiro contato as pessoas da comunidade se mostrarem muito reservadas; Super proteção também é um obstáculo, bebês são superprotegidos, não conseguimos ter um contato totalmente direto nem com as crianças maiores que ficam livres na rua brincando, pois sempre tem um irmão ou um primo que se antecipam na realização da resposta ou da atividade, não deixando a interação com os acadêmicos, além do dialeto próprio e crianças que não frequenta escolas não interagiam de forma efetiva com o grupo, somado a timidez culturalmente característica. Atualmente, com um ano e meio de estimulação, tivemos contato com várias crianças frequentando regularmente e há um melhor acompanhamento. Recomendações: Os alunos vivenciarem a diversidade cultural exercendo o respeito e a valorização do outro e lidando de forma positiva com a atuação interdisciplinar em saúde, assim diminuindo as desigualdades sofridas por séculos de colonização. Almejamos uma parceria com a Estratégia da Saúde da Família para fortalecer o vinculo com a comunidade e quem sabe atender a criança no ventre até a adolescência.