Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENCONTRO ENTRE A ATENÇÃO BÁSICA, OS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL E ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE
Marjana Fischer Maboni, Ana Duering, Altamir Dutra

Resumo


Este resumo trata de um encontro entre profissionais da atenção básica, dos Centros de Atenção Psicossociais, acadêmicos da UNOCHAPECO e uma referência do estado na área de saúde mental, proporcionado pelo Sub Projeto Rede de Cuidado em Saúde Mental, integrante das ações da Proposta da Universidade Comunitária da Região de Chapecó em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó - SC e do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde articulado ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde. Utilizando como metodologia a roda de conversa, muitos deram suas opiniões referente a como se desenvolvia a saúde mental na atenção básica, nos serviços específicos de saúde mental  e como ocorria, se ocorria, a referência e contra referência, uma vez que dificilmente na rotina de trabalho se consegue um encontro desse gênero. Desse modo foi discutido primeiramente que os encaminhamentos podem ser feitos por qualquer pessoa e/ou  instituição, contudo a referência é feita excessivamente e há pouca contra referência, principalmente porque o paciente de CAPS tende a ser rotulado e pouco consegue ser desvinculado do serviço. Em um segundo momento, foi realçada a importância das Agente Comunitárias da Saúde, como a mantedora do vínculo com o paciente e de existir os Núcleos de apoio à Saúde da Família, contudo, já com o problema deles estarem se tornando um apoio mais individualizado e assistencial, do que propriamente preventivo.  Frisou-se também a necessidade dos CAPS serem porta aberta e em um último momento foram feitas provocações quanto a visão dos profissionais de os CAPS serem um serviço especializado, já que, tal como consta em sua portaria, eles são e deveriam ser considerados como  pontos de atenção estratégicos, que devem utilizar um modelo territorial que busque articular-se com o NASF e a atenção básica. Portanto foi considerado essencial esse momento, para que a atenção básica e os serviços pudessem compartilhar sua experiência e relatar sua visão e a partir disso pensar em mudanças, chegando a conclusão que para um trabalho efetivo em saúde mental é essencial que a equipe seja multiprofissional e esteja articulada, com suporte do NASF e que se compreenda a importância de conhecer o território e do serviço estar disponível como porta aberta.