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Caracterização do problema: As instituições de Ensino Superior (IES) apresentam um modelo de formação em saúde ainda conservador, centrado em conhecimentos técnicos e biologicistas que pouco dialogam com os serviços de saúde. A dicotomia teoria-prática e a carência de espaços de articulação política implicam em uma formação de estudantes acríticos e desestimulados a exercer seu protagonismo¹. Com o objetivo de reorientar as práticas de ensino e de atenção por meio da reorientação da formação em saúde, o Estágio de Vivências no SUS- Bahia (EV-SUS Bahia) se apresenta como uma ferramenta de aprendizado a partir da imersão no cotidiano do trabalho da gestão, dos serviços de saúde e da realidade dos usuários do Sistema². Sensibiliza os estudantes ao comprometimento ético com o SUS e a exercer seu papel como agente político de transformação da realidade através do controle social. Descrição da experiência: Experiência vivenciada por estudantes da área da saúde em um período de 22 a 29 de Setembro de 2013, com imersão em três municípios do estado da Bahia: Salvador, Juazeiro e Dias D’Avila. No período da manhã e da tarde ocorriam as visitas aos diversos serviços de saúde, da atenção básica a espaços de controle social. Durante a noite eram realizados debates embasados em textos, filmes e dinâmicas.  A metodologia contribuiu na construção coletiva de conhecimentos através do diálogo estabelecido entre os estudantes e profissionais; ao longo do estágio foi possível romper com a concepção restrita da saúde, reconsiderando-a frente as desigualdades sociais que determinam o processo de saúde-doença. Efeitos alcançados: O EV SUS- Bahia proporcionou o arcabouço teórico-prático acerca da complexidade do SUS permitindo a construção do conhecimento por meio das reflexões críticas sobre a concepção ampliada de saúde e das relações de poder determinantes na falta de autonomia dos sujeitos, também inquietou os estagiários a se sensibilizarem quanto à necessidade de reconhecimento enquanto protagonistas no processo de construção do SUS para efetivação do controle social. Recomendações: Reformulação dos currículos das IES alicerçados na reflexão diária acerca do SUS. Articulação e contextualização do conhecimento teórico-prático com a realidade de saúde local. Ampliação de espaços dentro das universidades que possibilitem conhecimento para além da sala de aula e a reorientação de práticas de saúde com foco no protagonismo de diferentes sujeitos na consolidação diária do SUS.

Sistema Único de Saúde; ensino superior; currículo