Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DE JOVENS QUILOMBOLAS
Viviane Silva Jesus, Samylla Maira Costa Siqueira, Eloina Santana, Elane Nayara Batista dos Santos4, Climene Laura Camargo

Resumo


Caracterização do problema: no Brasil, um grande número de comunidades quilombolas vive excluído de políticas e ações sociais voltadas para a sua sustentabilidade e, por ausência destas, muitas potencialidades e recursos disponíveis não são aproveitados na promoção da qualidade de vida dessa população. Com isso, os jovens quilombolas têm sido excluídos e marginalizados. Descrição da experiência: trata-se de um projeto desenvolvido pelo grupo de pesquisa em Saúde da Criança e do Adolescente (CRESCER-UFBA), aprovado pelos fomentadores Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT)/ Ministério do Meio Ambiente (MMA)/ Secretaria de Administração e Previdência (SEAP)/ Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia sob o parecer número n.º 26/2005. Os sujeitos foram jovens de 15 a 21 anos e o lócus de estudo foi a comunidade quilombola de Praia Grande (Ilha de Maré, Salvador-BA). O projeto trabalhou as questões de saúde dentro de uma perspectiva mais ampla, em que o desenvolvimento autossustentável da comunidade estudada foi o guia condutor para as atividades de promoção de saúde e prevenção de agravos. Para tanto, alunos realizaram palestras e oficinas para os jovens, com enfoque na prevenção e promoção de saúde. Também foi implementada a oficina de produção artesanal de doce de banana. Nesta fase do projeto, as doceiras tradicionais da comunidade ensinaram jovens de 15 a 21 anos, de ambos os sexos a produzirem doces com frutas típicas da região. Efeitos alcançados: a realização dessas ações contribuiu para a promoção da saúde desse grupo, permitindo visibilidade na melhoria de suas condições de vida, principalmente no que diz respeito às questões econômicas, pois a produção e venda dos doces gera lucro que é dividido entre os jovens quilombolas participantes do projeto. Recomendações: iniciativas que visam à interação da saúde e do desenvolvimento social são sempre positivas, principalmente quando volvem o “olhar” para o outro, percebendo-o como um ser holístico que possui outras necessidades, que têm impacto direto nas condições de saúde. Neste contexto, faz-se necessário a realização contínua de atividades desta natureza com os jovens, de forma a melhorar as condições de vida e saúde, integrá-los à comunidade e à vida econômica.

Palavras-chave


Tecnologia Social; Saúde; Etnia e Saúde.

Referências


  1. Brasil. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Programa Brasil Quilombola. Brasília: Ministério da Saúde, 2005b. 48 p.
  2. Freitas DA et al. Students’ Perception of Health on Quilombola Rural Communities in The North Of Minas Gerais, Brazil. Rev. CEFAC. 2013 Jul-Ago; 15(4):941-946.