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Educação em saúde é um conjunto de saberes e práticas orientados para a prevenção de doenças e promoção da saúde viabilizando que o saber cientificamente produzido na esfera da saúde, concretizado pelos seus profissionais, alcance a vida cotidiana das pessoas. O paciente em tratamento do câncer tem necessidades biopsicossociais múltiplas desde o diagnóstico, a vivência deste tratamento impõe uma série de mudanças no estilo de vida global deste paciente solicitando que ele tenha recursos para operacionalizá-las, objetivando a redução de agravos à sua saúde e o sucesso do seu tratamento. Neste contexto o objetivo deste trabalho é verificar as possíveis contribuições que as técnicas e métodos propostos pela educação em saúde podem oferecer para o paciente em tratamento oncológico, considerando as diversas mudanças que a vivência deste tratamento implica para a vida do paciente. Para tanto, este trabalho constitui-se como uma pesquisa teórica, um estudo exploratório a cerca da literatura existente na temática da Educação em Saúde e suas interlocuções com as linhas de cuidado ao paciente com câncer. Verificou-se nos resultados que a Educação em Saúde atinge a vida cotidiana das pessoas, oportunizando a compreensão dos condicionantes do processo saúde-doença no câncer, oferecendo subsídios para a adoção de novos hábitos e condutas de saúde. Produz também novas possibilidades de pensar e produzir a saúde incentivando os pacientes à tomada de decisões livres, por via da informação, do desenvolvimento de habilidades cognitivas e da construção do suporte social. Por esta abordagem o saber prévio e pessoal que o paciente detém a cerca do câncer, do tratamento e do binômio Saúde/doença são considerados como importantes e necessários para atuação da equipe. Conclui-se que no enfretamento de um longo tratamento de uma doença crônica como o câncer a Educação em Saúde configura-se como uma proposta contínua, sistemática, reflexiva e indispensavelmente de articulação multiprofissional.  Através de seus princípios desperta nos pacientes a autonomia em relação ao tratamento, promove o bem estar, a qualidade de vida e a integralidade na assistência, passando a considerar as necessidades individuais do paciente na construção de sua assistência. Contribui também para a superação de modelos assimétricos de relação equipe/paciente ao abrir espaço para a atuação de todos os atores evolvidos na assistência à  um paciente oncológico.

Educação; Saúde; Câncer