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O modelo capitalista e a globalização fizeram com que a educação robotizasse educando. Mesmo antes e fora do espaço da escola a educação se dá. E tudo contribuía para que os jovens tivessem a visão de que se deve retribuir à sociedade o que ela ofereceu. O cerne da questão não seria a educação escolar em si, mas sim o contexto em que a pessoa em formação se insere, ou seja, a sociedade. A partir do momento em que o capitalismo começou a influenciar profundamente na formação da sociedade da grande maioria dos países houve uma mudança na perspectiva da estrutura do aparelho do Estado a se iniciar pelas escolas, igrejas, hospitais, ONGs, e nossas próprias casas. Todos mergulharam nessa realidade que valoriza os valores capitalistas em si (individualismo, egoísmo, egocentrismo). A educação tem servido para formar mão de obra para o mercado de trabalho, mas também para a manutenção do status quo, de forma a não formar mentes pensantes e críticas. A cultura tem se tornado cada vez mais una, centralizadora e avessa a variações, obrigando os sujeitos a partilharem de opiniões semelhantes sem mesmo perceberem o poder da crítica. Assim, neste trabalho, objetivou-se buscar fundamentação científica que legitime o conhecimento como um instrumento de libertação, e não de aprisionamento do indivíduo ao sistema no qual ele está inserido. Trata-se de uma revisão de literatura usando artigos científicos publicados em revistas indexadas, em bases de dados variadas, no período de 2003 a 2013, disponibilizados na língua portuguesa, inglesa e espanhola. Observou-se que no universo acadêmico, os fatos abordados se tornam evidentes ao passo que há uma busca de certa homogeneidade quanto à produção científica, no que diz respeito não só a ideias expostas, mas até de metodologias utilizadas demonstrando uma transmissão limitada de informações, culminando com uma formação de conhecimentos muitas vezes tolhida de criticidade.

Educação; gestão do conhecimento; produção científica