INTRODUÇÃO Diante da consciência dos papéis das mulheres na sociedade, dos altos índices de câncer de colo uterino e da baixa cobertura de pré-natal, por exemplo, vê-se a premência de melhor orientar o sistema de saúde a fim de amparar as mulheres de acordo com suas necessidades quanto aumento da capacidade de resposta, o acesso e a abrangência dos serviços oferecidos. Assim, destaca-se a missão da Atenção Primária à Saúde (APS) no cuidado dessas mulheres, pois se sabe que é o nível de atenção que consegue melhor atuar nos Determinantes Sociais de Saúde, na promoção, proteção e prevenção de agravos à saúde através de ações como o pré-natal, rastreamento precoce das lesões que poderão vir a se caracterizar câncer do colo uterino (Exame Papanicolau). Neste sentido, entende-se que para a qualificação da APS os processos avaliativos são importantes, uma vez que o diagnóstico situacional sobre os efeitos de um conjunto de estruturas em dado contexto é essencial na busca de resolução da situação problema. OBJETIVOS Avaliar a APS da Mulher em idade reprodutiva (15 a 44 anos) nos municípios amazônicos de Silves, Itapiranga e Urucurituba, considerando os 10 componentes relacionados aos atributos da APS determinados pelo Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool) e comparar a APS da Mulher entre os três municípios com base nos escores definidos pelo PCATool. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa transversal, de caráter exploratório e abordagem quantitativa. Para coleta de dados utilizou-se questionário validado no Brasil, PCATool, versão adulto. RESULTADOS Constatou-se que apenas dois domínios (Acesso de Primeiro Contato – Utilização e Coordenação – Sistema de informação) dos 10 avaliados, apresentaram valores satisfatórios (maiores 6,6) para as mulheres dos três municípios que utilizavam as Unidades Básicas de Saúde como fonte regular de atenção à saúde. Sendo que para o município de Silves o domínio “Integralidade – Serviços Disponíveis” também foi avaliado como satisfatório. A comparação dos escores essenciais médios entre municípios indica que não houve diferença significativa. CONCLUSÃO Este estudo conseguiu traçar o panorama APS destes municípios e demostrou a problemática da prática assistencial e da fragilidade de interlocução entre a usuária e o serviço de saúde. Assim, frisa-se a importância de processos avaliativos como instrumentos de melhor gerenciamento das políticas públicas em saúde.