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O Brasil possui uma população de 60 milhões de pessoas com menos de 18 anos de idade, todas com necessidade de desenvolvimento pleno de suas capacidades. Um dos focos de atenção à saúde do adolescente diz respeito à sexualidade. No pais, uma em cada dez mulheres de até 19 anos já tem 2 filhos, bem como são notificados cerca de 3.500 novos casos de AIDS entre adolescentes, anualmente. Assim, torna-se relevante que os profissionais de saúde aproximem-se dessa clientela para assisti-la adequadamente. Com base no proposto, discentes do curso de graduação em Enfermagem, sob supervisão do enfermeiro da Unidade de Atenção Primária em Saúde da SER I, realizaram um projeto de intervenção com o objetivo de orientar adolescentes em relação à sexualidade e paternidade com responsabilidade, através da rádio comunitária. Esse meio foi escolhido por seu alcance e penetração nos lares. A abordagem foi didaticamente separada em três eixos temáticos: sexualidade na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência. Cada programa possibilitou uma reflexão sobre os aspectos biológicos, psicológicos e sociais da sexualidade na adolescência. A linguagem utilizada foi de fácil entendimento, para abranger o maior contingente de pessoas e isenta de juízos de valor, para favorecer a interação com o público e suas expressões. Esse meio de comunicação em massa pode se constituir um recurso valioso para a Estratégia Saúde da Família, pois surge no cenário comunitário como um instrumento democrático de educar, viabiliza um grande alcance da informação, estimula a participação popular e socializa o conhecimento.