Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A ARTE DE ACOLHER
Ana Paula Pessoa Maciel, Jucelina Pereira de Oliveira, Maria Gessygleide Vieira, Lígia Bezerra

Resumo


INTRODUÇÂO: O serviço de saúde para adotar práticas centradas no usuário, deve desenvolver a capacidade de acolher, responsabilizar e resolver a necessidade do usuário. No entanto, a lógica organizacional tradicional do serviço não oferece o estabelecimento de práticas relacionais entre o trabalhador e o usuário. Para que a Unidade de Atenção Primária a Saúde - UAPS seja centrada no atendimento ao usuário, é preciso que ela acolha a demanda espontânea e entenda a importância dos eventos agudos da população. Diante do exposto, o estudo propôs-se apresentar o desenvolvimento das práticas e estratégias de acolher os pacientes que buscam atendimento por demanda espontânea na unidade Vicentina Campos e a forma como a unidade lida com esse atendimento. Métodos: O estudo foi observacional, e descritivo. A amostra incluiu os pacientes que buscaram atendimento por demanda espontânea na UAPS. Nesses dias, motivados sob a ótica de um novo olhar à demanda espontânea profissionais de saúde e gestores da unidade convidou parceiros para o desenvolvimento de práticas educativas no acolhimento da unidade. Nessa manhã a educação popular realizou uma paródia abordando as DSTs, Dengue em forma lúdica na sala do acolhimento. Em um segundo momento foi realizado uma acolhida para crianças na unidade. Palhaços realizaram de maneira educativas abordagens saudáveis. Diante das ações lúdicas e educativas da unidade no acolhimento, observou-se a possibilidade de realização de um acolhimento humanizado, mesmo com a grande demanda que geralmente não encontra espaço nas agendas das equipes e procura atendimento de acordo com as vagas remanescentes, tendo ainda um atendimento voltado ao modelo médico-centrado sem ação de vínculo e responsabilidade. A acolhida humanizada e lúdica na unidade foi percebida nos profissionais como uma forma de construir saúde e percebeu também que o acolhimento pode ser uma ferramenta tecnológica de intervenção, na qualificação da escuta, construção de vínculo na garantia do acesso com responsabilização e resolutividade nos serviços.