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Introdução: Brasil vem sendo considerado um “país jovem de cabelos brancos", e problemas devem ser enfrentados em relação a esse novo perfil demográfico. Nessa população se observa maior prevalência de doenças crônicas, como hipercolesterolemia, arterosclerose, diabetes mellitus do tipo II e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (FONTELES et. al, 2009). Para o tratamento e acompanhamento do paciente o MS implantou o programa Hiperdia. Objetivo: Fornecer informações adequadas aos idosos sobre patologias como HAS e DM com o intuito de preveni-las e detectá-las. Metodologia: a atividade foi desenvolvida durante visita domiciliar aos idosos da área urbana adscritos a UBS José Paulino em Novo Airão/AM. A escolha do local ocorreu após diagnóstico situacional. Os idosos foram abordados durante a visita domiciliar e informados sobre HAS, DM e envelhecimento pela equipe do Estágio Rural em Saúde Coletiva (ERSC) da Universidade do Amazonas. Foram aferidas PA, glicemia e cálculo antropométrico, além de preenchimento de questionário para definição do perfil epidemiológico. Resultados: O total de idosos visitados foi 97 (84% da população com idade maior ou igual a 60 anos). Houve predomínio do sexo feminino (61%), a faixa etária variou entre 60 e 87 anos; 73% dos idosos são aposentados. Apenas 41% relataram ter sido informado sobre HAS e DM. Com relação aos dados antropométricos, 44% das mulheres estão com circunferência abdominal (CA) acima de 88cm e 13,4% dos homens de 102cm. Na população total do estudo, 48% dos idosos tem HAS. Dentre esses 62% se encontravam com PA fora do estabelecido pelas diretrizes. Verificou-se uso inadequado da medicação prescrita, dificuldade de acesso e (41%) associação inadequada dos medicamentos (28%). Desta população 15% apresentou diagnóstico de DM, 80% desses são sedentários, 75% tinham CA acima do recomendado e 56% tinham HAS como diagnóstico associado. O número de diabéticos com glicemia fora do alvo foi de 73%, de acordo com parâmetros de glicemia pós-prandial estabelecidos pela Associação Americana de Diabetes (ADA) em 2008. Entre os motivos relatados está a falta de medicamentos (44%), dificuldade de acesso às consultas e a falta de acompanhamento regular. Conclusão: Dos idosos visitados 24% relataram realizar atividades físicas regularmente, 44% das mulheres tem CA acima de 88cm e 13,4% dos homens acima de 102cm. Aproximadamente 65% tinham IMC maior que 25kg/m2. Na população total, 48% dos idosos estão com diagnóstico de HAS e 15% portadores de DM. Dentre os hipertensos, 62 % se encontravam com PA fora do alvo estabelecido e 73% dos diabéticos estava acima da glicemia pós-prandial. Esse fato mantém os idosos em constante risco de complicações cerebrovasculares e mostra o inadequado suporte dado a essa população, seja por ausência de medicamentos, uso inadequado dos mesmos ou falta de informação. Sabendo que as visitas domiciliares fazem parte da Atenção em Saúde, fica claro sua utilização é capaz de oferecer condições para a estruturação de estratégias que possam permitir ao idoso um envelhecimento saudável e melhor qualidade de vida.

Idoso, Hipertensao, Diabetes