Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ANÁLISE DO MONITORAMENTO RÁPIDO DE COBERTURAS (MRC), REALIZADO EM CRIANÇAS NO CENTRO-OESTE DE MINAS GERAIS
Guilherme Rodrigues Diniz Santos, Valéria Conceição de Oliveira, Eliete Albano de Azevedo Guimarães, Suelem Santos Silva

Resumo


Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI) tem-se destacado no cenário internacional devido aos seus notáveis avanços na prevenção, controle e eliminação de doenças imunopreveníveis1. Entretanto, para que as doenças imunopreveníveis sejam controladas é necessária uma adequada cobertura vacinal. Dados do Sistema Nacional de Vacinação (SIS-PNI) demonstram que a cobertura vacinal tem apresentado diferenças importantes entre as doses aplicadas e os dados obtidos através de inquérito, que podem apontar para a existência de falhas no registro5. Neste sentido, a Política Nacional da Atenção Básica3 e o Pacto pela Saúde2 descrevem o acompanhamento do estado vacinal e o monitoramento como um ato de extrema importância. Objetivo: Analisar a situação vacinal em menores de cinco anos, nas microrregionais, pertencentes a macrorregional Ampliada Oeste do estado de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo da cobertura vacinal, realizado a partir dos dados secundários obtidos do Sistema de Monitoramento Rápido de Coberturas (MRC)4, das sedes microrregionais de saúde, da macrorregional Ampliada Oeste do estado de Minas Gerais. Os dados foram analisados de maneira descritiva a partir das variáveis de estudo e o calculo da cobertura vacinal, feito automaticamente no sitio eletrônico do DATASUS. Resultados: Participaram do inquérito 7.524 crianças na faixa etária de 6 meses a <5 anos, nas microrregionais de saúde da macrorregional Ampliada Oeste do estado de Minas Gerais. Observou-se que as vacinas de Tetravalente/Pentavalente, Hepatite B, VOP e Rotavírus, apresentaram melhores coberturas vacinais em relação a febre amarela, Triviral e DTP. Atualmente são disponibilizadas no SUS sete vacinas aos menores de seis meses o que significa uma presença mensal nas salas de vacina, pressupondo uma melhor cobertura. Após os seis meses o intervalo entre as vacinas aumenta consideravelmente em relação às menores de seis meses, podendo levar ao esquecimento e ao atraso vacinal. Outro fato deve ser considerado, a licença maternidade para a diminuição da cobertura vacinal no segundo semestres de vida e o retorno da mãe ao mercado de trabalho. Considerações finais: Consideramos que apesar das altas coberturas vacinais para a maioria das vacinas é aproveitar as oportunidades de comparecimento da criança ao serviço de saúde para atualização do esquema vacinal e melhorar a cobertura e consequentemente redução das doenças imunopreviniveis.

Palavras-chave


Atenção Primária à Saúde; Vacinação; Cobertura Vacinal; Monitoramento

Referências


1 - Brasil. Ministério da Saúde. SVS em rede: boletim eletrônico da Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://189.28.128.179:8080/svs_informa/edicao-especial-imunizacoes-1 >. Acesso: 18 de dezembro de 2012.

2 - Brasil. Ministério da Saúde. Regionalização Solidária e Cooperativa. Série Pactos pela Saúde. Brasília, v. 3, 2006. 40p.

3 - Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção básica / Série Pactos pela Saúde v. 4 . Brasília, 2006. 60 p.

4 - Ministério Da Saúde. Secretaria Executiva. DATASUS [acesso em Dezembro 2013]. Informações de Saúde. Monitoramento rápido de coberturas vacinais (MRC) 2012, iniciada em 03/09/2012.Disponível em: <http://pni.datasus.gov.br/consulta_mrc_12_selecao.asp?>. Acesso em: 02 Julho de 2013.

5 - Mota E. Inquérito domiciliar de cobertura vacinal: a perspectiva do estudo das desigualdades sociais no acesso à imunização básica infantil. Rev. bras. epidemiol. São Paulo, 2008 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2008000500012&script=sci_arttext. Acesso em: 02 Janeiro de 2013.