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Caracterização do problema: A vulnerabilidade programática reporta às políticas e programas de prevenção e assistência, ao acesso aos serviços e à operacionalização das ações. Neste entendimento, investigou-se as situações de vulnerabilidade programática de uma paciente coinfectada TB/HIV, que foi previamente contato intra-domiciliar de um caso foco de TB. Descrição da experiência: O marido da paciente soropositiva para o HIV, em dezembro de 2012, foi diagnosticado com recidiva de TB pulmonar, com BAAR positivo, e acompanhado em uma instituição básica de saúde durante seis meses, obtendo cura. Durante este período, o doente e sua família receberam poucas informações sobre a doença, forma de transmissão e cuidados de prevenção. Não foi esclarecida a importância do ambiente arejado e ventilado, nem do uso de máscaras, medidas que minimizariam a transmissão do Mycobacterium tuberculosis. A família foi submetida ao teste tuberculínico, todos os contatos intra-domiciliares não apresentaram reação, exceto a paciente HIV positivo, que teve uma leitura de 5 mm. Ainda assim, não foi realizado exames radiológicos para confirmação do diagnóstico da TB, nem prescrito o tratamento para a Infecção Latente da TB, que conforme o Programa Nacional de Controle da TB deve ser prescrito para todo paciente HIV positivo, contato intra-domiciliar de TB, independente  do resultado da prova tuberculínica. No serviço de acompanhamento do HIV, a paciente não relatou o caso aos profissionais, que por sua vez, não abordaram aspectos e sintomatologias da TB durante as consultas de retorno. Seis meses após o diagnóstico do marido, a paciente apresentou episódio de hemoptise e ao procurar o serviço de saúde foi diagnosticada com TB pulmonar, tendo sido realizadas baciloscopias, cultura para micobactérias e radiografia de tórax. Atualmente, encontra-se em acompanhamento no serviço de referência para TB e o TDO está sendo realizado no domicílio pelos graduandos do curso de enfermagem do projeto de extensão da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Efeitos alcançados: Foi reconhecida que execuções de medidas de prevenção podem evitar o adoecimento. A negligência de ações programática eleva a vulnerabilidade de pacientes HIV à infecção e ao adoecimento por TB. Recomendações: Para o controle efetivo da coinfecção TB/HIV é necessária a sensibilização dos profissionais e gestores para garantir a operacionalização das ações programáticas de prevenção da dupla infecção TB/HIV.

Coinfecção; Tuberculose; HIV; Vulnerabilidade em Saúde; Políticas