Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE LAGARTO-SE
Lucilio Vieira Carvalho, Rayane Rabelo Ferraz Viana, Josefa Mariele dos Santos Rosário, Adriana de Moura Andrade Nery, Sandro José de Mesquita, Giselle de Carvalho Brito, Adriana Andrade Carvalho, Neidimila Aparecida Silveira, Ricardo Goes de Aguiar

Resumo


Introdução: Com a estruturação do SUS nos anos 1990, os serviços básicos de saúde passaram a ser reorganizados por meio do PACS. Nesse contexto, o ACS surge como elemento capaz de agregar conhecimentos acerca do processo saúde-doença. Por outro lado, esse profissional convive diariamente com cobranças que causam agravos à sua saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e os impactos do trabalho na saúde e no cotidiano dos agentes comunitários de saúde no município de Lagarto-SE. Método: Trata-se de um estudo piloto exploratório, transversal e descritivo realizado com os ACS do município de Lagarto-SE. Os dados foram coletados nas UBS utilizando questionário socioeconômico e instrumento de Escala de percepção sobre qualidade de vida no trabalho (WALTON, 1975). A análise dos dados foi realizada no programa EpiInfo v.7.0 e utilizando a escala de satisfação de Likert. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e esclarecido de acordo com a Resolução CNS 466/2012. Resultados: Foram entrevistados 15 ACS com idade entre 27 e 46 anos, sendo 80% do gênero feminino, e 60% concluiu o ensino médio. Constatou-se que 46,7% dos ACS não estão satisfeitos nem insatisfeitos com o salário, com relação a normas e regras do trabalho, 40% estão satisfeitos. Porém, 60% estão insatisfeitos com as condições de trabalho. Em relação à jornada semanal de trabalho, 46% mostraram-se insatisfeitos e 60% mostraram-se satisfeitos com a importância do seu trabalho. Sobre o espaço do trabalho na vida e a possibilidade de lazer, 60% e 53,3% informaram estar satisfeitos, respectivamente e 73,3% se mostraram satisfeitos com o comprometimento da equipe de trabalho e o respeito as suas individualidades, além de orgulhosos na realização do seu trabalho (73,3%). Considerações finais: Foi possível compreender que a qualidade de vida no trabalho da maioria dos ACS em Lagarto não depende da sua rotina de trabalho, pois mesmo estando insatisfeito com a remuneração salarial, jornada semanal e carga de trabalho os ACS não deixam de orgulhar-se da sua profissão, destacando assim que sua rotina de trabalho não interfere no seu lazer e na vida familiar.

Palavras-chave


qualidade de vida; agentes comunitários de saúde

Referências


1. VIANA, A. L. A.; DALPOZ, M. R. A reforma do sistema de saúde no Brasil e o programa de saúde da família. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, 1998.

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3. FORTES, P. A. C.; SPINETTI, S. R. O Agente Comunitário de Saúde e a privacidade das informações dos usuários. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 5, 2004.