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O CONHECIMENTO DE USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SOBRE A DOENÇA ATEROSCLEROSE E ORIENTAÇÕES PARA A SUA PREVENÇÃO
Resumo
Introdução: Dentre as doenças cardiovasculares, a aterosclerose tem causado grande impacto na mortalidade da população brasileira, correspondendo a 267.496 mortes, 32% dos óbitos em 2002 (BRASIL, 2006). De acordo com a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2013), esta é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, e possui uma serie de fatores de risco como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo ou etilismo. Assim, a identificação dos indivíduos assintomáticos com predisposição é crucial para a prevenção dos agravos vasculares, e para está coloca-se o enfermeiro como cuidador e orientador neste processo, através de ações que visem à prevenção, promoção e recuperação da saúde (V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2013). Objetivo: Verificar o conhecimento dos usuários de uma Unidade Básica de Saúde sobre a Aterosclerose, bem como as orientações recebidas para a sua prevenção. Método: Estudo do tipo qualitativo e descritivo. Como sujeitos da pesquisa, participaram 10 usuários, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, escolhidos de forma aleatória, em ambos os turnos de atendimento da Unidade Básica de Saúde, e o período da coleta dos dados compreendeu de junho á agosto de 2010. O instrumento de coleta foi uma entrevista com perguntas abertas, com vistas à identificação do perfil dos usuários, seu conhecimento acerca sobre aterosclerose e formas de prevenção. A análise dos dados ocorreu por meio da análise temática, que, segundo Minayo (2001), fornece indicadores que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. Resultados: Observou-se que alguns entrevistados demonstravam conhecimentos gerais sobre a doença aterosclerótica, por outro lado, tiveram aqueles que a desconheciam por completo. Em relação à correlação desta com o diabetes, tabaco, etilismo, sedentarismo e maus hábitos alimentares, os entrevistados demonstraram desconhecerem tais riscos; quanto às orientações para a adoção de medidas de prevenção, observou-se que os enfermeiros da UBS não as estavam contemplando. Conclusão: Compreende-se a importância da informação e empoderamento dos usuários com vistas a atuar na prevenção, promoção e recuperação de sua saúde; percebendo o enfermeiro como educador e articulador deste processo, a fim de prestar um atendimento integral, equânime e de qualidade.
Palavras-chave
Aterosclerose; Fatores de risco; Prevenção de doenças.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção Clinica de Doença Cardiovascular, Cérebro Vascular e Renal Crônica, Brasília, DF, 2006b. Caderno de Atenção Básica de Saúde, n.14.
MINAYO, M.C.S. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo: Hucitec/Rio de Janeiro: Vozes, 2001. p. 209-210.
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Sociedade Brasileira de Cardiologia . Volume 101, Nº 4, Supl. 1, Outubro 2013.