Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIVENCIAS PROPORCIONADAS PELO ESTAGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DA ENFERMAGEM
Samia Carine Reichert, Silvia Cypriano Vasconcellos

Resumo


A década de 1980 é marcada por grandes transformações no estado brasileiro, no ano de 1988, criou-se a Nova Constituição Brasileira, dela originou-se o Sistema Único de Saúde (SUS) e definiu-se que, “saúde é direito de todos e dever do Estado”. Segundo a Constituição Federal de 1988, reforçada pela Lei Orgânica da Saúde nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que "dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências", compete ao SUS, conforme o Art. 6 desta lei, a ordenação da formação dos recursos humanos na área da saúde (BRASIL, 2000). É notório que a qualidade da formação de recursos humanos do setor saúde é componente essencial para consolidação e estruturação do Sistema de Saúde. Os profissionais de saúde são um dos principais alicerces do SUS, e entendemos que é necessário que se avalie e analise como se pensa e trabalha o SUS na academia durante o processo de formação destes profissionais. Neste trabalho, relataremos a experiência da integração ensino-serviço na realização do estágio curricular de uma estudante de graduação do curso de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família Santa Marta. Ao se tornar campo de prática do estágio curricular, a equipe buscou inserir a estudante em seu cotidiano de trabalho, apresentando a organização do serviço, o processo de acolhimento e os cuidados prestados a população descrita, e principalmente, dispôs a construir conjuntamente o processo de aprendizagem. A troca entre a estudante e a equipe foi enriquecedora, todos os membros da equipe envolveram-se no processo de aprendizagem da profissional em formação, apresentado situações e casos, nos quais pode participar na elaboração de um plano de cuidados e intervenção. Avaliamos que a troca de conhecimentos entre a equipe e a estudante foi enriquecedora, pois a articulação entre os serviços de saúde e academia faz com que os profissionais repensem suas práticas diante do olhar atendo e observador de um profissional em formação. A vivência in loco, na realidade de um serviço de saúde, proporciona aos estudantes o desenvolvimento de habilidades para atuar com qualidade, eficiência e resolutividade no Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2001). Como acadêmica poder vivenciar uma realidade totalmente diferente da habitual foi muito enriquecedora, pois com o auxilio, compreensão  de toda a equipe, enfermeiros, técnicos de enfermagem e principalmente dos agentes comunitários de saúde, foi possível compreender melhor as reais necessidades da população e os ACS servem como facilitadores desse processo, pois eles por estarem inseridos diretamente da comunidade, conhecem as dificuldades da mesma. Poder nesse ultimo semestre de graduação participar de forma ativa na atuação da enfermagem me fez ver o quão importante é dedicar-se a conhecer a população e as fragilidades da mesma, para assim poder trabalhar e buscar e ofertar melhores condições de saúde. Todo serviço tem suas fragilidades, mas cabe ao gestor identifica-las e trabalhar para minimizar seus efeitos. Nada melhor que poder trabalhar com a prevenção de doenças e promoção á saúde, ofertar melhores condições de saúde e prevenir futuras complicações. Trabalhar com uma população mais vulnerável, me fez ver que quando se gosta daquilo que se faz, tudo vale a pena, todas as ações ofertadas são valiosas, todo trabalho tem sua recompensa.

Palavras-chave


Vivencias; Estagio; Enfermagem; Assistência; SUS.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Gestão Municipal de Saúde: textos básicos. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS) – Serviço de Saúde . Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2000.