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O envelhecimento da população, a urbanização crescente, o aporte tecnológico e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis são fatores responsáveis pela mudança no perfil da morbimortalidade da população, com aumento de casos de doenças crônico-degenerativas como a hipertensão arterial e o Diabetes Mellitus. Essas doenças são responsáveis, no Brasil, pela primeira causa de óbito e de hospitalizações, traduzindo-se em desafios para o sistema de saúde brasileiro. Neste contexto, é imperativo que ações de educação em saúde sejam implementadas visando oferecer à população conhecimentos acerca da prevenção e do controle desses problemas de saúde pública. Trata-se de um relato de experiência das ações de educação em saúde sobre hipertensão e diabetes em um grupo de idosos durante as atividades de um estágio acadêmico em saúde coletiva de um curso de Enfermagem. Participaram do grupo idosos cadastrados em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde, profissionais dessa Unidade de Saúde, discentes e docente da disciplina. A atividade foi operacionalizada em quatro momentos: (i) acolhimento dos participantes, aferição da pressão arterial, da glicemia capilar e peso; (ii) integração da equipe de saúde com os idosos e oferta de café da manhã com alimentos saudáveis; (iii) dinâmica intitulada “mitos e verdades sobre hipertensão e diabetes”, em que foram trabalhados a fisiopatologia, fatores de risco, estratégias de prevenção e controle das complicações, levando em consideração aspectos culturais e psicossociais dos integrantes do grupo; e (iv) momento de alongamento e prática corporal. A estratégia de educação em saúde promovida favoreceu o empoderamento e a autonomia dos idosos para seu autocuidado, estimulando-os a realizarem mudanças no estilo de vida e de se organizarem em grupos de ajuda mútua como grupos de prática de exercício físico. Além de ter proporcionado um momento para esclarecimento de dúvidas, troca de experiência e saberes, favorecendo um melhor conhecimento dessas doenças, o que pode refletir na redução das complicações e internações hospitalares e maior aceitação das patologias. Embora não se tenha avaliado a aplicação dos determinantes de prevenção e controle dessas doenças, a intervenção se mostrou eficiente. Recomenda-se que este tipo de intervenção seja mantida e ampliada no atendimento dos serviços públicos de saúde, por meio da incorporação desta atividade pelos gestores, profissionais de saúde, comunidade acadêmica e população.  .

Educação em saúde; Idosos; Grupos terapêuticos