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Caracterização do Problema: O processo de implantação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) do HU/UFGD necessita de inovações pedagógicas nos novos cenários e remetem o profissional não apenas a formação generalista, trazida da graduação, mas a postura crítico-reflexiva que compreenda, também, que as relações humanas como parte do ensino. O problema se caracteriza pela natureza do programa que é a formação multiprofissional em Saúde Indígena que amplia campo de intervenção para a dimensão ampliada, envolvendo as questões sócio-culturais e políticas, sendo esta uma nova demanda a ser incluída. Descrição da Experiência: O Programa de RMS com uma das ênfases sendo a “Atenção à Saúde Indígena”, contemplando as profissões de Enfermagem, Nutrição e Psicologia, considerando as características e das demandas loco regionais dos territórios de saúde. As atividades se desenvolvem no cenário hospitalar e na rede de saúde ainda como cenário de prática as aldeias indígenas de Dourados e o Hospital da Missão Evangélica Caiuá. O programa visa possibilitar a integração das diferentes áreas profissionais e a vivência em ações de saúde. Os residentes são capacitados a reconhecer a diversidade e a complexidade do contexto sócio-histórico-cultural dos povos indígenas e atuar de forma multiprofissional e demais intervenções em saúde. Efeitos Alcançados: A formação tece que ser repensada. Apesar de a proposta ser para um programa de residência para a Atenção Hospitalar a equipe entendeu a necessidade da vivência em toda a rede de Atenção à Saúde do município para que os residentes pudessem conhecer o atendimento na Atenção Básica e Especializada e na Atenção à Saúde Indígena, o que colaborou para a construção do um inovador e desafiante processo de trabalho em saúde, dando a possibilidade dos profissionais conhecerem a rede de serviços de saúde do município e de suporte social, com vistas ao exercício de ações intersetoriais. Recomendações: Adaptações curriculares foram necessárias para atender as necessidades de formação e intervenção na saúde indígena, como a inserção dos residentes em ações de controle social e a interlocução com a rede de atenção a saúde para além das formalidades burocráticas para de fato experimentar a integralidade do cuidado em saúde como forma de conexão e fortalecimento da rede, resolubilidade e equidade, demandando então uma avaliação e uma readequação do Projeto Pedagógico.  .

residência multiprofissional, saude indigena, interculturalidade