Tamanho da fonte:
O COTIDIANO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM UM SERVIÇO DO SUS
Resumo
Pensar o Sistema Único de Saúde no contexto da formação acadêmica/profissional e da assistência, é planejá-lo dentro das prerrogativas que as Instituições de Ensino Superior/IES têm a sua disposição como potência e disparador do processo ensino-serviço-comunidade. Essa tríade demonstra relações cotidianas implicadas no contexto da saúde, educação, formação e da gestão em saúde. É a partir do cotidiano da extensão universitária que o Serviço de Reabilitação Física–SRFis da Universidade de Santa Cruz do Sul-Unisc, Rio Grande do Sul, se propõe a socializar seu trabalho complementar a rede do SUS para 67 municípios do interior do Estado. Um serviço de referência da rede de atenção à pessoa com deficiência que desde 2009, articula, potencializa e atua na saúde e na educação, em equipe multiprofissional e interdisciplinar orquestrando saberes coletivos através de parcerias com o poder público nas 3 instâncias de governo. O trabalho desenvolvido pelo SRFis está focado no cadastramento e na inserção dos usuários à rede de atenção à pessoa com deficiência, reabilitação e a dispensação de órteses/próteses/meios de locomoção. Na primeira consulta é planejado um projeto terapêutico singular, realizados os encaminhamentos e agendado o molde das órtese e próteses necessárias. Entre os desafios está o comparecimento dos usuários com regularidade ao Serviço. Razões que passam pela distância, precariedade de transporte nos municípios e nem sempre compromissos de prioridade da parte dos gestores para deslocamento dos usuários até a sede do SRFis. Fato este que movimenta a equipe para além dos seus saberes e fazeres técnicos de saúde/educação, requerendo interagir numa ação continuada e permanente com cada Secretaria Municipal de Saúde. Em 2012 uma média 500 triagens e dispensados 819 OPMs, realizados 05 Trabalhos de Curso acadêmicos nesse serviço materializando desse modo a formação acadêmica/profissional. Ressalta-se que o trabalho de uma rede pertencente ao SUS faz a diferença e melhora significativamente a autonomia, mobilidade e a independência das pessoas com deficiências. Atuar na expansão da qualidade de vida das pessoas com deficiência, é míster um investimento de sensibilização no âmbito das gestões municipais de modo a envolvê-las como partícipes ao avanço da qualidade de vida destas as pessoas.