Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: EXPERIÊNCIA DA ATIVIDADE DE PRÁTICAS DE ENSINO COMUNITÁRIAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - CAMPUS LAGARTO – SE
Karine Vaccaro Tako, José Antonio Barreto Alves, Luiz Gabriel Ribeiro de Assis, Vanessa Cardoso Rodrigues, Ronaide Paula dos Santos Lima, Marcia Amelia Cerqueira da Cruz, Roberto Fontes de Menezes

Resumo


A PEC (Práticas de Ensino Comunitária) é uma subunidade curricular do primeiro ano dos cursos de saúde, planejado para proporcionar uma primeira aproximação do aluno com a realidade de saúde de uma determinada comunidade. Tem como cenário de práticas Unidades de Saúde da Família. A PEC espera proporcionar ao aluno uma nova maneira de ensinar e aprender com o trabalho em equipe multiprofissional, interdisciplinar, baseado na compreensão que as condições de vida determinam as condições de saúde da população propiciando o desenvolvimento de habilidades em situações que envolvam não somente a cura, mas também a prevenção dos agravos e a promoção da saúde. Assim, permite adequar o currículo do curso às demandas de saúde das comunidades e a formação de recursos humanos para o SUS. Objetivo: Possibilitar ao aluno conhecer as necessidades e os problemas de saúde de um determinado coletivo e as ações e serviços de atenção básica à saúde, desenvolvidas em uma Unidade de Saúde da Família – USF Metodologia: Os trabalhos foram realizados a partir das USF, estabelecendo contato com a realidade de saúde da população e a produção do cuidado em saúde. Através da observação direta das condições de vida da comunidade e da realização de entrevistas com a população e a equipe de saúde sobre os principais problemas de saúde, estabelecerão o diagnóstico de saúde da coletividade. Assim, foram realizadas atividades de saúde, com ênfase na prevenção e promoção da saúde e organização de serviços, utilizando a metodologia da Problematização, visando preparar o aluno para atuar como profissional e cidadão. Existem ações de promoção da saúde, como educação sanitária, ações de vigilância epidemiológica, voltados geralmente ao controle de doenças transmissíveis. O enfrentamento dos problemas, no território que se esteja considerando, deve se dar em uma perspectiva intersetorial, ou seja, as ações e serviços a serem desenvolvidos não se restringem àqueles que já são tradicionalmente ofertados pelas unidades de saúde, envolvendo um esforço adicional de mobilização e articulação de outros setores, inclusive a mobilização e envolvimento dos indivíduos, das famílias que vivem e trabalham no local. Como se pode perceber planejar e programar o desenvolvimento da Vigilância da Saúde em um território específico exige um conhecimento detalhado das condições de vida e trabalho das pessoas que aí residem, para que se possa ter uma “visão estratégica”, isto é, uma clareza sobre o que é necessário e possível de ser feito. Desafios para o desenvolvimento: Foram muitos os desafios encontrados: problemas estruturais, falta de participação popular, falta de engajamento por parte de algumas equipes. Todos os problemas eram levados à discussão conjunta com os acadêmicos, para que eles pudessem desde o começo exercitar a criticidade e a prática da solução de eventos não planejados.

Palavras-chave


Integração Ensino-Serviço-Comunidade; Atenção Básica; Educação em Saúde

Referências


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