Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O ENSINO HUMANIZADO NA GRADUAÇÃO ATRAVÉS DE VIVÊNCIA DE AÇÕES COMUNITÁRIAS
Esio Fortaleza Nascimento Chaves Pedrosa, Bruno Leite Cabral, Idália Luzia Fortaleza Chaves Martins, Nádia Fortaleza Nascimento Chaves Pedrosa, Thiago Antônio Paiva Matos, David Cassio Ribeiro Vasconcelos

Resumo


Introdução: Durante sua formação, o profissional médico é ensinado sobre o funcionamento fisiológico do corpo humano, as patologias que o atingem e as opções terapêuticas para tratá-las. Além disto, é treinado para ter competência na realização de atividades assistenciais, gerenciais, de ensino e pesquisa. Porém o conhecimento científico ainda carece de implicações do campo das relações sociais. Nesse contexto, o novo currículo visando a formação de médico humanizado vem sendo preconizado levando as instituições a adaptarem suas grades e metodologias de ensino para ofertar ao acadêmico uma experiência empática. Sendo este um investimento novo, não se sabe ao certo qual a melhor forma de atingir os alunos e torná-los conscientes da importância da humanização do ato médico. Objetivos: Documentar e descrever a percepção de estudantes de medicina durante atividade envolvendo práticas humanizadas na comunidade. Metodologia: Estudo qualitativo com entrevistas individuais utilizando um roteiro semiestruturado para captar as experiências vividas pelos alunos durante atividade desenvolvida com pacientes hipertensos atendidos pela Unidade Básica de Saúde Mirian Mota, Fortaleza, no ano de 2012. Os alunos planejaram e desenvolveram ações em torno do tema: “conscientização do hipertenso sobre sua enfermidade”, sendo elas: palestras, cafés-da-manhã, atividades físicas, medição de glicemia e pressão artéria. Todas as atividades tiveram participação ativa dos agentes comunitários de saúde. Os questionários foram aplicados no final da ultima atividade, após analise foi possível aprofundar compreensão sobre o significado da atividade para os acadêmicos: “Não há nada melhor do que ver seus sonhos se realizarem ao olhar nos olhos de alguém e ver gratidão e amor.” ”Percebi que mais que medicamentos, eles sentiam falta de comunicação e informação sobre suas doenças e/ou processos patológicos...” “Levamos música, café-da-manhã, palestras e, principalmente, dedicamos nosso tempo a ouvir.” “Há um sentimento de dever cumprido e recompensado, pois sabemos que acompanhamos de forma satisfatória todos aqueles que precisavam de nossa ajuda.” Conclusões: A experiência mostrou que a percepção dos alunos sobre os planos de ação comunitários é positiva, sendo este um exercício efetivo e precoce de incentivo a humanização da prática médica.

Palavras-chave


Humanização, Educação, Comunidade