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Objetivo: Usar a pesquisa de características socioeconômicas e culturais como forma de aprimorar um plano de intervenção em prevenção e controle de hipertensão arterial. Material e método: Foram pesquisados fatores socioeconômicos e culturais (escolaridade, renda familiar, dieta, condições de moradia, e conhecimento sobre a doença e sua conduta terapêutica) de 44 hipertensos acompanhados pela Unidade Básica de Saúde Mirian Porto Mota, Fortaleza-CE, através de questionários com abordagem quantitativas ("check in box") elaborados e aplicados pelos pesquisadores. Após a coleta e análise dos dados, foram realizadas palestras e atividades educativas para informar os pacientes sobre os riscos da doença e incentivá-los a aderir ao plano terapêutico, de acordo com os resultados encontrados na pesquisa. Após 1 ano de intervenção foi aplicado um questionário de abordagem qualitativa para conhecer a compreensão atual dos participantes, analisando as categorias produzidas. Resultados: Nos primeiros questionários, foi percebida uma taxa de analfabetismo era de 50%. 50% informaram renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, 88% dos entrevistados referiram uma dieta inadequada (rica em sódio, carboidratos e lipídios), 70.45% tinham moradia adequada (saneamento e alvenaria), 90% tinham dúvidas sobre a doença, como: terapêutica medicamentosa e não medicamentosa. A análise qualitativa mostrou-se satisfatória aos pesquisadores e aos participantes que passaram a compreender melhor a sua doença. Conclusões: Foi importante adequar à intervenção ao perfil socioeconômico e cultural, o que facilitou a prática de uma medicina humanizada nas relações entre profissional e paciente, alcançando mudanças no comportamento quanto a adesão às recomendações terapêuticas.

Humanização, Intervenção, Cultura.