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Caracterização do Problema: A construção dos itinerários terapêuticos pelos doentes de Tuberculose (TB) deve ser compreendida e considerada pelos gestores, profissionais e cuidadores, garantindo a integralidade e a continuidade da assistência e favorecendo a participação desses usuários no processo de produção do seu cuidado. Tornando-se necessário entender e analisar os processos pelos quais esses indivíduos escolhem, avaliam e aderem ou não a determinadas formas de tratamento. Descrição da experiência: Durante a participação no projeto de extensão, da UEPB, que acompanha pacientes em tratamento para TB no município de Campina Grande, por meio da realização do tratamento diretamente observado (TDO), acompanhou-se uma paciente contato prévio de TB, diabética e hipertensa, apresentando limitação física por sequela de Acidente Vascular Encefálico (AVE) e em tratamento antiTB no ambulatório de referência (nível 2º). No início do tratamento (1º mês), apresentou complicações clínicas, com intensas dores na região superior do tórax, dificuldade respiratória e hemoptise, necessitando de atenção hospitalar (nível 3º). Ao deslocar-se ao 1º hospital, não foi atendida por não haver leito disponível e foi encaminhada ao 2º hospital, quando foi informada que não existia leito para TB naquele estabelecimento, sendo direcionada ao 3º serviço de saúde, onde inicialmente recebeu assistência em ambiente fechado juntamente com outros pacientes e depois deslocada ao corredor, em banco de alvenaria e sem suporte de soro. No entanto, um componente do grupo foi ao serviço e finalmente, conseguiu um leito, onde a mesma permaneceu até receber os resultados dos exames realizados. Efeitos alcançados: Contribuição no direcionamento da usuária, facilitando seu atendimento no serviço, minimizando as dificuldades, que repercutiriam no agravamento do quadro e persistindo a falta de assistência, a mesma poderia ter evoluído para óbito. Refletiu-se sobre o processo de construção dos itinerários terapêuticos na assistência à TB e quanto à existência de linhas de cuidado e fluxo de assistência pré-estabelecidos, e a capacidade dos usuários em identificá-los. Recomendações: Sugere-se a aproximação dos gestores no estabelecimento do fluxo de assistência, considerando as complicações da TB e os agravos diversos que possam acometer os doentes, como também, a sensibilização dos profissionais da assistência, quanto à orientação aos usuários sobre o percurso a seguir diante de suas necessidades.

Tuberculose; Assistência à saúde; Acesso aos serviços de saúde