Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SUPERVISÃO SOCIAL E O AGIR INTERDISCIPLINAR DOS ENFERMEIROS DA ASSISTÊNCIA E DE ENSINO NA RELAÇÃO ENSINO SERVIÇO.
Rebecca Maria Oliveira de Góis, Maria Lúcia Silva Servo, Luciana Pessoa Maciel, Ubiraci Queirós dos Santos

Resumo


Introdução: A supervisão social e a interdisciplinaridade se constituem em espaços que podem favorecer a mudança na relação ensino-serviço, pois, estão imbricados nas práticas de ensino e de saúde. Desse modo, questiona-se: como se dá a supervisão social e o agir interdisciplinar dos enfermeiros da assistência e de ensino na relação ensino serviço? Objetivos: Analisar o desenvolvimento da supervisão e do agir interdisciplinar dos enfermeiros da assistência e de ensino na relação ensino-serviço. Metodologia: Estudo de revisão integrativa de abordagem reflexiva. Utilizou-se a análise descritiva e análise de conteúdo dos dados. Após a leitura exaustiva, apreendemos as categorias, a seguir: re-significação da prática de supervisão das enfermeiras da assistência e de ensino na perspectiva do agir interdisciplinar; contribuição da supervisão social em enfermagem para o agir interdisciplinar na relação ensino serviço. Resultados: Neste sentido, o estudo aponta que há necessidade de re-significar o pensar e o fazer dos enfermeiros da assistência e do ensino na relação ensino-serviço na perspectiva do agir interdisciplinar para desenvolver a capacidade de articulação no manejo dos poderes que esses sujeitos detêm/ou não, para a (re) criação no e do trabalho. O estudo indica que as possibilidades e limites para o trabalho em enfermagem na área de saúde e de educação estão no trabalho vivo capturado e processos de “descapturas”, a partir do atravessamento rumo à transversalidade. Conclusão: A compreensão da supervisão social em enfermagem e a construção da interdisciplinaridade no contexto das instituições tornam-se essenciais para as mudanças. É preciso o desenvolvimento de uma postura interdisciplinar que venha contemplar a mudança das práticas de ensino e de saúde e da valorização da subjetividade do indivíduo/grupo e que os possibilite reinterpretar e transformar as práticas reiterativas na construção de vínculos sociais significativos. O enfermeiro da assistência e de ensino são partícipes do processo e devem desenvolver capacidade de articulação no manejo dos poderes - técnico, administrativo, político, econômico e ideológico - que detêm, para a (re) criação no modelo de trabalho. Para isso, é necessário articulação entre enfermeiros de serviço e de ensino para a formação de novos profissionais.

Palavras-chave


Enfermagem. Supervisão. Interdisciplinaridade. Ensino-Serviço

Referências


1 Servo, MLS. O pensar, o sentir e o agir da enfermeira no exercício da supervisão na rede SUS local: o (re) velado de uma práxis. São Paulo, 1999. 271p. Tese (Doutorado) Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.

2 Servo, MLS. Novo olhar... novo feixe de luz...nova dimensão:eis a supervisão social.. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v.15, n.1/2. jan/ago.2002. p.97-107ISSN 0102-5430

3 Merhy, EE. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. In: Merhy, EE; Onicko, R.(org.) Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo, Hucitec, 1997. Cap.2, p.71-112.

4 Servo, MLS. Supervisão da enfermeira em hospitais: uma realidade local.Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana: Grafinort, 2001.