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PARTICIPAÇÃO DE ACADÊMICAS NO COMITÊ DE PREVENÇÃO DE ÓBITOS INFANTIS E FETAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Resumo
Caracterização do problema: A redução da mortalidade infantil integra o conjunto de Metas do Desenvolvimento do Milênio, assumido pelos países integrantes da Organização das Nações Unidas, e é uma das prioridades do Plano Municipal de Saúde de Florianópolis. O município tem uma das menores taxas de mortalidade infantil do país, mas o declínio importante ocorrido nas últimas décadas foi substituído por estabilização do indicador, que tem se mantido em torno de 7,5 a 9,5 óbitos por mil nascidos vivos nos últimos anos. O trabalho do Comitê Floripa pela Vida, que avalia os óbitos infantis, fetais e maternos ocorridos no município, é essencial para apoiar o gestor na adoção de medidas efetivas para prevenção destes óbitos. Descrição da experiência: Buscou-se compreender o método de trabalho utilizado pelo Comitê de Prevenção de Óbito Infantil e Fetal, a partir da vivência de duas acadêmicas dos cursos de enfermagem e farmácia, bolsistas do Programa de Educação para o Trabalho para a Saúde/Vigilância em Saúde. Esta experiência está vinculada ao Projeto de Pesquisa Vigilância em Saúde sob a Perspectiva da Rede de Atenção: diagnóstico a partir dos indicadores do Contrato Organizativo da Ação Pública (COAP). Efeitos alcançados: As acadêmicas puderam participar de reuniões do comitê, análise de investigações de óbitos infantis e fetais, além de compreender e analisar a situação do indicador mortalidade infantil, tendo a experiência de conhecer e manusear os sistemas de informação de mortalidade (SIM), nascidos vivos (SINASC) e Tabwin. O essencial foi compreender que essas mortes são consideradas em grande parte evitáveis, pois podem resultar de fatores biológicos, mas também fatores sociais, culturais e de falhas no sistema de saúde. As disciplinas de graduação nas áreas de saúde, muitas vezes, não possibilitam ao acadêmico o conhecimento sobre a Rede de Atenção à Saúde como um todo. Recomendações: Conhecer a complexidade e inter-relação do sistema permite, ao futuro profissional, justificar suas ações como trabalhador de saúde na Rede de Atenção. Recomenda-se que as universidades repensem a forma como seus alunos, e futuros profissionais de saúde, percebem e articulam suas futuras funções no sistema.
Palavras-chave
Mortalidade Infantil; Comitê de Prevenção Óbito Infantil e Fetal; Vivência Estudantil;
Referências
BRASIL. Manual de Vigilância do Óbito Infantil e Fetal e do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Neonatal. Brasília. In Ministério da Saúde. 2009