Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O USO DE DROGAS ILÍCITAS DURANTE A GRAVIDEZ: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA NA PERSPECTIVA DA ENFERMAGEM
Gabriela de Nardi Souza, Yaná Tamara Tomasi, Júlia Valéria de Oliveira Vargas Bitencourt, Alexander Garcia Parker, Queila Fraga Oliveira

Resumo


Introdução: Na experiência da gestação, adversidades podem ocorrer, colocando em risco a saúde da gestante e do bebê. O uso de drogas ilícitas pode levar o comprometimento irreversível da integridade do binômio mãe-filho (YAMAGUCHI, 2008). Neste sentido, os profissionais possuem dúvidas, medos e insegurança quanto à forma mais correta de agir e a falta de instrumentos que os capacitem em suas ações, contribui para esta dificuldade (COELHO, 2009). Para este estudo, direcionaremos para o uso de três substâncias, que são as mais utilizadas durante a gestação: maconha, cocaína e o crack. Objetivo: Analisar o contexto da enfermagem na perspectiva de cuidados para a gestante adolescente usuária de drogas ilícitas. Método: Revisão bibliográfica, as bases pesquisadas foram: Lílacs, Bireme e Scielo, no mês de Julho a Agosto de 2011, publicações datadas dos últimos 12 anos período no qual há mais material sobre o tema, utilizando os descritores: gestação, drogas ilícitas, enfermagem e gravidez, selecionados artigos em português. Obtiveram-se 19 artigos. Resultados: Obtiveram-se duas categorias: fatores de risco associados ao uso de drogas ilícitas na gestação e cuidados de enfermagem na promoção a gestante usuária de drogas ilícitas. Na primeira categoria estão envolvidos os aspectos: escolaridade, condição socioeconômica, estrutura familiar e falta de informação. Segundo Caputo (2008), o menor grau de escolaridade das mães é um dos principais motivos e Ballani (2007), acrescenta que o risco é maior em indivíduos insatisfeitos com a qualidade de vida, que não detêm informações sobre a questão de drogas e tem fácil acesso as substâncias, o que as conduz a manutenção do uso da mesma, inclusive porque não compreendem seu potencial maléfico (FREIRE, 2009). Quanto à relação familiar, salienta-se a necessidade que a gestante possui de ser ouvida e receber atenção, algumas buscam as substâncias tentando fugir da rejeição (CAPUTO, 2008). No que tange, aos cuidados de enfermagem, devem ter início na anamnese, durante a consulta do pré-natal, individualizada, um ambiente acolhedor no qual o profissional possa auxiliar na correção e prevenção dos principais problemas que podem ocorrer devido à utilização de entorpecentes (FREIRE, 2009). Conclusão: O enfermeiro deve utilizar sua sensibilidade, conhecimento técnico, linguagem acessível e estabelecer, eticamente, critérios claros para avaliar os fatores de risco, orientando sobre os prejuízos durante o período gestacional.

Palavras-chave


gestação; drogas ilícitas; enfermagem.

Referências


BALLANI, Tanimária da Silva Lira, OLIVEIRA, Magda Lúcia Félix de. Uso de drogas e abuso e evento sentinela: construindo uma proposta para avaliação de políticas públicas. Texto e Contexto Enfermagem, Florianópolis, v.16, n. 3, p. 488-494, jul-set, 2007.

CAPUTO, Valéria Garcia, BORDIN, Isabel Altrnfelder. Gravidez na adolescência e uso freqüente de álcool e drogas no contexto familiar. Revista de Saúde Pública, v.42, n. 3, p. 402-410, 2008.

COELHO, Edméia de Almeida Cardoso et al. Integralidade do cuidado à saúde da mulher: limites da prática profissional. Escola de Enfermagem Anna Nery v. 13, n. 1, p. 154-160, 2009.

FREIRE,  Karina et al. Fatores associados ao uso de álcool e cigarro na gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.31, n. 7, p. 335-341, 2009.

YAMAGUCHI, Eduardo Tsuyoshi et al. Drogas de abuso. Revista Psiquiatria Clínica, v.35, supl 1, p. 44-47, 2008.