Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A EXPERIÊNCIA DE CO-GESTÃO DO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE - DAS DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
Rebel Machado, Gladis Tyllmann, Cristina Haag, Carmen Bagatini, Sandra Fagundes

Resumo


Caracterização: Esse é um relato parcial da experiência de governança, de gestão participativa, democrática e de cogestão no DAS/ SES/RS, visando mudanças no processo de trabalho. Esse processo tangencia as dimensões tecnopolíticas dos trabalhadores para exercerem sua capacidade de mobilizar os diversos atores e entes federativos, imprimindo transformações e impacto no sistema de saúde gaúcho, priorizando o fortalecimento da atenção básica. Descrição da Experiência: O ano de 2011 foi marcado pelo chamamento dos trabalhadores do DAS à participação de reuniões semanais. Foram momentos de apresentações, reconhecimentos, trocas, estudos, pactuações, petições e compromissos. Esse cenário reconfigurou o modo de trabalho das equipes, com maior capilaridade e, para isso, adotou-se o georreferenciamento, como definição estratégica para auxiliar e protagonizar a construção das Redes Regionalizadas de Atenção à Saúde no RS. O modelo de gestão adotado e inspirado na governança apresenta princípios e práticas coletivas e democráticas, resultando em deliberações colegiadas. Nessa lógica foram criados e/ou legitimados os seguintes espaços: o Colegiado Gestor, o Colegiado de Eixos Estruturantes (da atenção básica/PIM, do ciclo vital e das transversalidades), a Coordenação das Políticas e/ou de Programas de Saúde, que se materializam como fóruns de tomada de decisões. O georreferenciamento está estruturado em sete macrorregiões: centro oeste, metropolitana, missioneira, norte, serra, sul e vales. Essa estratégia foi valorizada, pois a responsabilização por um território é fundamental para pensar modelo assistencial e os arranjos possíveis locorregionais, bem como para a estruturação das RAS. Os espaços das macros se tornam uma forma de operar as políticas. Efeitos da Experiência: O modelo de gestão adotado tem garantido o fortalecimento dos sujeitos e da democracia institucional através de espaços coletivos e de sujeitos com capacidade de análise e de intervenção. Recomendações: O modelo de colegiado gestor deve privilegiar a participação ativa, centrar no trabalho em equipe, garantindo o compartilhamento do poder, assim como a co-análise, a co-decisão e a co-avaliação.

Palavras-chave


gestão pública; cogestão; governança; georreferenciamento.